Ouça este conteúdo
Pré-candidato do Podemos à presidência da República, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro diz que conta com o palanque do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) em sua campanha em outubro. O Podemos abriu mão da candidatura própria a governador para trabalhar essa aliança com Ratinho Junior, indicando Alvaro Dias como candidato ao Senado na chapa. O movimento fez com que Cesar Silvestri Filho deixasse o partido (do qual era presidente estadual) para se tornar pré-candidato ao governo pelo PSDB.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Em entrevista coletiva durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) do Paraná, Moro disse não temer ficar sem palanque em seu estado de origem. “Eu tenho o palanque do Alvaro Dias, que é candidato à reeleição ao Senado. De todo modo, esta questão não está definida. O Podemos vai fazer sua convenção na metade do ano. Em princípio, nós temos boa conversa com o governador Ratinho Junior e utilizaremos o palanque dele. Claro que, se houver alguma situação diferente neste decorrer, podemos tomar outra decisão. Mas, no momento, a tendência é essa. Nosso palanque é com Alvaro Dias e Ratinho Junior”, afirmou.
Sergio Moro afirmou ainda que manterá a candidatura independente da pontuação que alcançar nas pesquisas eleitorais em junho, período das convenções partidárias. “A única meta é estar entre os dois primeiros em outubro deste ano. Não adianta você crescer enormemente antes disso, chegar lá e ser derrotado. Então, nosso foco é esse: apresentar nosso projeto. Estamos nos posicionando como alternativa aos extremos. Precisamos dialogar e fazer essa construção”, disse o ex-ministro.
Moro afirmou estar buscando os demais pré-candidatos na tentativa de construir uma candidatura única da chamada “terceira via” em outubro. “Temos que tratar isso com muita humildade, as pessoas têm seus projetos, mas política é a arte do diálogo, temos conversado com vários pré-candidatos e cada um tem seu tempo, temos que respeitar. Mas coloquei isso: temos que apostar na candidatura de maior potencial e quem vai apontar isso são as pesquisas”, afirmou, dizendo estar disposto a conversar, até, com Ciro Gomes (PDT).
“Com todo mundo tem diálogo. A questão é saber se a outra parte está disposta ao diálogo ou à ofensa. O que tenho visto em relação a esse candidato é uma tentativa de confronto, mas o confronto verdadeiro tem que ser com Lula e Bolsonaro, eles são os adversários que importam”.
VEJA TAMBÉM:
- Cesar Silvestri Filho quer ser a “terceira via” na disputa pelo governo do Paraná
- Aos 80 anos e sem partido, Requião se coloca como alternativa única a Ratinho Junior
- União Brasil nasce com a maior bancada do Paraná, mas vai “encolher” em breve
- Lula quer PT fechado com Roberto Requião na eleição para o governo do Paraná