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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

Eleições 2022

Para Felipe Francischini, Moro muda patamar do União Brasil no xadrez eleitoral do Paraná

Sergio Moro anuncia candidatura pelo Paraná
Sergio Moro ainda não definiu qual cargo disputará no Paraná. (Foto: Roger Pereira/Gazeta do Povo)

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Apesar de ser um dos maiores partidos do estado e do país, com maior tempo de TV e mais recursos do Fundo Partidário, o União Brasil assumia uma posição de coadjuvante nas eleições do Paraná. Sem nomes para lançar nas disputas majoritárias, o partido concentrava-se em construir fortes chapas de deputados estaduais e deputados federais. A situação mudou com o retorno de Sergio Moro ao Paraná, depois do indeferimento de seu domicílio eleitoral em São Paulo. E, agora, o partido virou a bola da vez nas negociações políticas, com vários grupos políticos buscando ter o apoio, ou, ao menos, neutralizar o impacto eleitoral que Moro pode representar na disputa.

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“Com certeza muda o patamar do partido, apesar de o União Brasil ser o segundo maior partido do Paraná em número de prefeitos, vereadores e deputados. Já tínhamos um partido muito grande, consolidado no estado, mas com esse revés do destino, que foi a volta do Sergio Moro para o Paraná, temos, agora, um grande quadro, com competência, viabilidade eleitoral e disposição para disputar qualquer cargo que almeje", falou o presidente estadual do partido, deputado federal Felipe Francischini. "Agora, além de ser um partido enorme, estamos com um quadro capaz de disputar um dos grandes cargos do estado”, complementou.

Quando o Tribunal Superior Eleitoral oficializou a fusão de DEM e PSL, dando origem ao União Brasil, o partido, no Paraná, deixou claro sua pretensão de disputar o Senado em outubro deste ano. O nome colocado era o do deputado estadual Fernando Francischini, que acabou cassado pela Justiça Eleitoral e está com os direitos políticos suspensos, não podendo disputar a eleição. Com essa baixa, o partido recuou e passou a trabalhar a montagem das chapas nas eleições proporcionais.

O retorno de Moro ao Paraná, no entanto, faz o União Brasil retomar o plano inicial, de disputar o Senado com um nome competitivo. O problema agora é o tempo perdido, uma vez que outros nomes de centro e de direita já trabalham a candidatura há alguns meses, como Alvaro Dias (Podemos), Paulo Martins (PL), Guto Silva (PP) e Aline Sleutjes (Pros) - com os três primeiros nomes desta lista brigando pelo apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), chapa onde o União também pretendia entrar. “Nossa bancada é base de apoio ao governador desde o início da gestão, sempre apoiamos a governabilidade. Mas essa questão de eleição fica para o prazo das convenções. Não sabemos quem vai se colocar para a disputa de cada cargo e precisaremos avaliar lá na frente”, desconversou Felipe Francischini.

A indefinição na construção desta aliança foi o que impediu Moro de já anunciar, na última terça-feira (14), que disputaria o Senado pelo Paraná. “Faremos grandes eventos regionais a partir da semana que vem. Levaremos todos os nossos pré-candidatos a todos os cantos do estado. O juiz Sergio Moro quer ouvir a população do Paraná, quais os principais problemas e as demandas da população, saber o que a população espera dele como político. Dentro de algumas semanas já teremos uma posição definitiva de qual cargo o partido vai pleitear aqui no estado”, disse Felipe. “Não nos importamos muito com o prazo para definição, porque Moro já é conhecido por toda a população do estado, não precisa de tempo de pré-campanha para se mostrar ao eleitor”.

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Felipe Francischini também minimizou qualquer desconforto em caminhar com Moro no período eleitoral sendo, ele e seu pai, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Muitos amigos e aliados nossos gostam dos dois, então, vejo que é uma questão que pode ser facilmente superada. Fico feliz com a reaproximação com o presidente Bolsonaro, mas, também, temos a pré-candidatura do presidente Luciano Bivar e, no momento, é por ela que temos que trabalhar. Vamos fazer, também, essa avaliação no momento certo”, concluiu.

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