O deputado federal paranaense Sergio Souza (MDB) foi eleito o novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Ele vai coordenar os trabalhos do colegiado durante os próximos dois anos. Ao assumir a direção da Frente, Souza apontou que os principais desafios a serem enfrentados são o estabelecimento de maior segurança jurídica para produtores e uma construção da "real" imagem do agronegócio brasileiro perante o mundo.
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Para o congressista, impera no Brasil e em outros países uma visão distorcida sobre o setor. “As pessoas passam o tempo todo consumindo produtos agropecuários, da alimentação ao vestuário, mas não têm conhecimento, e criticam, relacionando agronegócio a desmatamento, a queimadas”, disse à coluna. Para ele, o termo “bancada ruralista” surgiu como um elogio ao setor rural, “no entanto, o conceito foi tão batido, inclusive na mídia, que, perante a sociedade, virou pejorativo". "Não somos a bancada ruralista, somos a bancada que defende a produção de alimentos, a segurança alimentar, o emprego e a renda de 50% da população brasileira e 50% do PIB brasileiro. Na presidência da frente parlamentar, vamos buscar segurança jurídica para produtor e desmistificar o conceito que a população urbana tem sobre o produtor de alimentos”, acrescentou.
Sergio Souza comentou ser um reconhecimento à importância do Paraná para o agronegócio brasileiro a recondução de um deputado do estado à presidência da frente. “Um paranaense criou a frente – Moacir Micheletto – porque percebeu que tinham muitas dificuldades em avançar em pautas ligadas ao setor e precisavam de unificação. Quando se agrega o valor da transformação, o Paraná é o maior PIB agro do Brasil, então, é um reconhecimento muito importante o estado voltar a presidir a frente”, disse, citando que o grupo parlamentar conta, hoje, com a participação consultiva de 47 entidades nacionais, “do setor de máquinas à associação dos produtores de alho” e com o suporte técnico do Instituto Pensar Agro.
Para seus dois anos de presidência da frente o deputado elenca três temas prioritários em discussão no Congresso: os licenciamentos ambientais – “precisamos otimizar a infraestrutura logística do país, esse é um grande gargalo ainda, e a burocracia e o custo dos licenciamentos ambientais acabam sendo um obstáculo”; os defensivos agrícolas - “não queremos novas moléculas, queremos uma legislação mais limpa, que nos proporcione acesso a moléculas mais eficientes, menos nocivas e que o produtor possa aplicar em menor quantidade, sem ter que esperar anos pela aprovação”; e regularização fundiária – “tem que dar título de posse para os assentamentos da reforma agrária, para que o produtor possa fazer a sucessão hereditária, possa ter garantias para acessar crédito no banco. E não só nos assentamentos, há vários títulos precários ou apenas posse de terras, desde a época da colonização”, conclui.
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