Em um movimento que surpreendeu até seus principais aliados, o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) licenciou-se da Câmara dos Deputados por 120 dias alegando “motivos pessoais”. A licença abre espaço para que o suplente da coligação, Marco Brasil (PP) assuma uma cadeira no Congresso Nacional.
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A licença de deputados em ano eleitoral para dar espaço e visibilidade a suplentes não é novidade no Legislativo, mas a movimentação chamou mais a atenção porque PSDB e PP não estarão juntos nas eleições deste ano. Enquanto o PSDB vai de Simone Tebet (MDB) para a presidência da República e Cesar Silvestri Filho (PSDB) para o Governo do Estado, o PP apoiará as reeleições de Jair Bolsonaro (PL) e Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
Com domicílio eleitoral em Londrina, Marco Brasil é locutor de rodeios e apresentador de rádio. Ele tomou posse na última quarta-feira (8) e usará os quatro meses no cargo para buscar projeção para sua pré-candidatura a deputado federal nas eleições de outubro. “Que a minha voz seja a defesa do nosso povo, pois, até́ hoje, cheguei à vida e aos lares das pessoas pelo amor e emoção, agora quero chegar de forma concreta, levando o alimento, o emprego, a saúde, a segurança, a educação, retribuindo e honrando cada voto confiado à mim. Hoje, entrar na casa das leis, de chapéu, botina e um coração 100% sertanejo, foi um momento de muita emoção”, declarou, após tomar posse.
“Não entendi nada”, foi a reação de Cesar Silvestri Filho ao ser questionado sobre a licença de Rossoni. “Soube há pouco e não sei a razão”, foi o que respondeu Beto Richa (PSDB), um dos principais aliados de Rossoni, que foi seu chefe da Casa Civil quando Richa governou o Paraná. A coluna entrou em contato com Rossoni, que até atendeu a ligação, mas desligou após ouvir a identificação da Gazeta do Povo.
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