Quem acompanha futebol, principalmente a partir de época de ouro do rádio e com os campeonatos cariocas, carrega consigo uma simpatia toda especial por clubes como o Olaria, Madureira, Canto do Rio, Bonsucesso, Bangu e, é claro, o Ameriquinha.
Sobre o Olaria Atlético Clube, que acaba de completar 100 anos (surgiu no dia 1 de julho), texto de Pedro Paulo Vital revela no site da agremiação que “tudo começou graças a um grupo de jovens da Rua Filomena Nunes”. A turma praticava o futebol naquele bairro leopoldinense, “o que já era uma ousadia, visto que no início do século XX a prática do futebol era quase que exclusivamente das elites”.
Apenas 2 à frente
A década de 1970 foi riquíssima para o futebol do Olaria, prossegue Pedro Paulo: em 1971, o Clube chegou na terceira colocação do estadual, atrás apenas de Fluminense e Botafogo. Isto sem ter feito um só jogo na Bariri, pois o campo estava em obras. Um timaço que tinha Aroldo, Miguel, Altivo, Alfinete, Afonsinho, Marco Antônio e Luís Carlos.
O ano seguinte marca a presença de Garrincha no Olaria, onde o “anjo das pernas tortas” encerraria sua carreira e marcaria seu último gol. Em 1979, “um menino franzino iniciava sua carreira como federado pelo Olaria: Romário de Souza Farias, que marcou os primeiros 7 gols de seus mais de mil pelo clube da Rua Bariri”.
Um clube completo
E, já que Afonsinho foi citado, vale a pena, como sempre, ler sua coluna na Carta Capital desta semana, onde também rende sua homenagem ao senhor Melo, que, de comum acordo com a diretoria do Botafogo, o levou para o Olaria, onde poderia jogar e melhor se preparar para a prática da Medicina.
Para o craque de ontem e de hoje, hoje como cronista esportivo, o Olaria “não é só um time, mas um clube completo, com múltiplas atividades culturais e esportivas que fazem a alegria de todas as gerações daquele pedaço querido do Rio de Janeiro”. Um clube proletário, como ressalta.
ENQUANTO ISSO…