Ainda sobre as façanhas, proezas e curiosidades do Atlético, alguém lembrou da cápsula do tempo. Iniciativa do jornal The New York Times, 17 anos atrás. Ou seja, criar uma cápsula do tempo para abrigar “alguns objetos que representassem o que existia no planeta no ano 2000 da Era Cristã”. E eles seriam guardados até o novo milênio, quando, por supuesto, a cápsula seria aberta – ou seja, no ano 3000.
Dentre os objetos, claro e novamente por supuesto, há uma camisa do Clube Atlético Paranaense.
Dia 17 de abril de 2001: uma cerimônia realizada em Nova Iorque marcou o fim da exibição da cápsula do tempo. E a dita cuja foi recolhida ao Museu de História Natural, preservando vários e significativos objetos colhidos nos quatro cantos do mundo.
Foi naquele ano, graças a um motorista de táxi, Clóvis Gonçalves, que transportou em Curitiba o correspondente do jornal americano, que o Atlético foi muito além da Taça Libertadores. Na conversa, o gringo perguntou a Clóvis o que ele indicaria como algo realmente representativo para ser selecionado para a cápsula do tempo. Pano ou papel?
Não deu outra:
– A camisa do Atleticon.
A notícia sobre a escolha mereceu chamada de primeira página na Gazeta do Povo, com direito, fugindo ao padrão gráfico da época, a uma foto da camisa rubro-negra inserida no início do texto…
A diretoria do Atlético devolveu a gentileza e propôs o case Atlético 3000 – Paixão Eterna. Como prêmio, Clóvis ganhou um título de sócio construtor da Arena da Baixada. Detalhe: uma família, passando de geração a geração, cuidaria da cápsula até a chegada do ano 3000.
– 3 mil? Acho que dificilmente chegarei lá… – lamentou e lamenta Beronha, nosso anti-herói de plantão, mas que se mantém firme na torcida.
ENQUANTO ISSO…