Tempos atrás, Curitiba chegou a ser decantada como a Capital Universitária do Brasil. Mas, por supuesto, é hoje que merece o título. Só tem doutor em todos os cantos. Basta ter um carro. E estacionar em alguns pontos. Longe do Estar, mas recheados de guardadores de carros. Aí, basta sair do veículo que é saudado e diplomado:
– Tudo certo, doutor? Pode deixar que eu cuido do seu carro, doutor…
Ou, então:
– Doutor, fique tranquilo que, comigo, que ninguém tasca!
Há quem reaja – ou reagia:
– Vamos por partes. Em primeiro lugar, não sou doutor. Fugi da escola. Em segundo, cabe às autoridades específicas proteger o meu patrimônio em espaços públicos.
O problema não é de hoje, por supuesto, e muito menos privilégio de Curitiba. E cresce a olhos vistos. Basta ver que, em 2009, a prefeitura de Porto Alegre, em parceria com o Ministério Público do Trabalho e a Brigada Militar, tentou regularizar a função de flanelinha – flanelinha que deixou de empunhar uma flanela há muito tempo. Levou de 7 a 1. A prefeitura, claro.
Há, e são muitos, quem veja um ato de extorsão por parte dos antigos flanelinhas e, hoje, dos mais do que guardadores de carro. Extorsão, isso mesmo, pelo menos pela maioria deles. Em 2013, a prefeitura de Caxias do Sul foi radical: proibiu a atuação dos guardadores de carro. Até porque a experiência de regulamentação anterior, de Porto Alegre, não deu certo.
ENQUANTO ISSO…
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