Descobrindo – ou redescobrindo – o Brasil por intermédio de placas de veículos. Desta vez, professor Afronsius descobriu no Juvevê um carro de Extrema, Minas Gerais. Isso mesmo.
O gentílico: nem extrema direita nem extrema esquerda, mas extremense, ou, como defendem alguns, que conhecem a cidade, extrema bondade, extrema gentileza, sapiência, cortesia e correlatos.
A partir de Registro
Como revela o site da prefeitura de lá, a origem do município se prende a 29 de novembro de 1764, quando o General Luiz Diogo da Silva, governador de Minas Gerais, ao visitar o arraial de Camanducaia e, de volta, tendo passado pelo Registro de Mandú (atual Pouso Alegre), resolveu que esse “Registro” ficaria melhor à margem do rio Jaguarí, para onde o transferiu pelo assento de 29 de novembro de 1764. Deste, originou-se o fato de ser Extrema primitivamente conhecida pelo nome de “Registro”.
– Esse cunho oficial, entretanto não deu impulso decisivo ao povoado, o qual somente no fim do século 18 começou lentamente a incrementar-se, corporificando-se a ideia de erguer uma capela nos primeiros anos do século 19, ainda na vigência da era colonial.
Foi no ano de 1819 que se deram os primeiros passos para criação e formação do lugar, nessa época já habitado por fazendeiros e outros moradores esparsos procedentes de Camanducaia e, sobretudo, de Bragança Paulista, Atibaia e São João do Curralinho.
Invocando Santa Rita
Segundo os autos da constituição do patrimônio de Santa Rita arquivados na Cúria Metropolitana de São Paulo, nos anos de 1819 foi endereçada aquela entidade eclesiástica uma petição no sentido de se edificar uma ermida e de se constituir um patrimônio de fiança e favor da capela. É provável que os signatários da representação junto à Cúria Diocesana não tivessem sido aceitos, pois somente no dia 7 de agosto de 1832 foi passada provisão autorizando a capela consagrada a invocação de Santa Rita, que seria construída ao redor de 30 alqueires de terra que foram anteriormente doados pelo abastado lavrador José Alves, conhecido como Zeca Alves. No dia 12 de janeiro de 1839 foi realizada a primeira audiência do Juízo de Paz, sob a presidência do juiz Francisco da Silva Teles.
Em 12 de outubro de 1871, pela lei 1858, o povoado de Registro passou a ser distrito, só que a partir desta data, com a denominação de Santa Rita de Extrema (por se localizar no extremo sul de Minas Gerais). No dia 22 de dezembro desse mesmo ano, deu-se a instituição canônica como paróquia.
– No ano 1874, registrou Bernardo Saturnino da Veiga, a existência de 60 casas em Santa Rita de Extrema, formando essas casas 4 ruas irregulares e um largo onde se acha colocada a igreja matriz e um pequeno cemitério.
O distrito de Santa Rita de Extrema passa a ser denominado município com a lei 319, de 16 de setembro de 1901, sendo efetivamente instalado dia 1º de janeiro de 1902.
Em 18 de setembro de 1915, a lei estadual 663 altera o nome do município que passa a se chamar Extrema. Pela lei estadual 893, de 10 de setembro de 1925, foi elevada à categoria de cidade a sede do município de Extrema.
Além do dia 16 de setembro, aniversário da cidade, o dia 22 de maio (dia de Santa Rita, padroeira da cidade) também virou feriado municipal.
Em tempo: em linha reta, Extrema fica a 415 km de Curitiba. Por estradas, 515 km.
ENQUANTO ISSO…