Consta que ir a Roma e não ver o Papa é algo para lamentar o resto da vida. E ir a Roma e ser pungueado no metrô, o Metropolitana di Roma?
Pois é, foi o que aconteceu com um cabôco que não se cansa de espalhar a experiência, em voz para os quatro ventos, no Bar VIP da Vila Piroquinha e restaurantes próximos. Até porque desabafa em tom heróico, postura de triunfo.
“Alçapão” no metrô
Vamos aos detalhes. Depois de 9003 km e 11h22min de viagem, eis que o turista desembarca em Roma para concretizar um velho sonho – e, o mais recente, pescar a tal dupla cidadania. No primeiro dia, sai passear pelas redondezas do hotel e topa com uma estação do metrô. Aventureiro, não resiste.
E eis que, segundo contou professor Afronsius, um dos desconhecidos forçados a ouvir em altos brados o discurso sobre a pendenga, dois sujeitos fazem o mesmo, entram no vagão, em seguida. Um deles chega pela frente, o outro trata de surrupiar a carteira do deslumbrado turista:
– Senti a mão no meu bolso. Reagi como uma fera. Dei um soco no primeiro, que se estatelou no chão, e vários socos no segundo, recuperando de pronto a carteira. A dupla fugiu do vagão com a rapidez dos nossos nativos batedores de carteira em estação tubo.
– Eles sentiram a força do brasileiro! E ainda provoquei: venham, venham que aqui tem mais!
Roma, mais de uma
Aproveitando a história do pugilato brasileiro em Roma, Natureza Morta aproveitou para contar que Roma, capital italiana desde 1870 e centro mundial do cristianismo, é uma das principais pontos do turismo internacional. Por vários motivos, como se sabe. Roma não apenas uma cidade, mas várias cidades numa só; temos a imperial, republicana, barroca, medieval, renascentista e papalina.
E tem, por supuesto, gente boa e gente ruim e muitos malandros de olho na grana dos visitantes.
– Azar mesmo seria topar com dois batedores de carteira no meio de uma população de 2,7 milhões de habitantes.
De qualquer forma, o nosso turista anda se sentindo o máximo. Um John Wayne globetrotter. Ou globetrotter John Wayne. E não consegue parar de falar.
– Imagine se tivesse desembarcado no Coliseu e sobrevivido aos gladiadores e suas feras – encerrou Beronha, nosso anti-herói de plantão.
ENQUANTO ISSO…