Depois de umas e muitas outras no Bar VIP da Vila Piroquinha, professor Afronsius, Natureza Morta e Beronha tentaram se justificar:
– Não foi por causa do Atleticon no Maraca. Até porque foi no Maracanã que o Brasil, de maneira surpreendente, perdeu a Copa de 50. E, no nosso caso, perdemos para um rubro-negro. Poderia ser pior.
A justificativa da incursão ao Bar VIP da Vila Piroquinha:
– É que, incrível, Curitiba, ontem, teve a mais alta temperatura do ano. Maior desde outubro de 2012, segundo o Simepar. Merecia uma comemoração…
E, adiantando o expediente, a trinca tratou de se precaver: a previsão é de mais calor nos próximos dias.
Temperaturas em elevação
Ainda no encontro casual, muito casual, no boteco, o trio comentou, é claro, notícias do futebol. Segundo a Gazeta do Povo, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, lamentando o placar do Maracanã e “mais um título perdido pelos times do Paraná”, disse esperar o apoio do Furacão (sic) nas últimas rodadas do Brasileiro.
Ainda ontem, cerca de 40 torcedores do Atlético receberam a delegação no Aeroporto Afonso Pena. O rubro-negro (nosso) quer responder a perda do título da Copa do Brasil “com vaga na Libertadores via Campeonato Brasileiro”.
Bom sinal. Além do calor – e das cervejas bem geladas.
Ou seja, é hora de nossos clubes passarem a atuar juntos, no bom sentido, ou o futebol do Paraná vai continuar a reboque de uma série de coisas e mutretas da cartolagem nacional, por força dos ditos grandes clubes do eixo Rio-São Paulo.
A propalada autofagia do paranaense, em especial do curitibano, só prejudica o futebol da terra das araucárias. E o nosso peso na esfera nacional, aí incluindo com destaque a presença política no Congresso Nacional.
Para o professor Afronsius, o Paraná não pode mais, e em todos os setores, se conformar com a condição de mero figurante – ou ponto de passagem entre os estados do Sul e o resto do país. Isso só no tempo do tropeirismo.
– E vamos em frente que ainda tem muito jogo pela frente – reforçou Beronha, nosso anti-herói de plantão, surpreendentemente entusiasmado com a causa que se desenha.
ENQUANTO ISSO…
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