Falar em trânsito caótico, ou trânsito cada vez mais caótico, é mais do que chover no molhado. Nada de novo. Motorista habilitado em “auto-escola”, professor Afronsius considera-se um marinheiro de longo curso – em terra firme. Tanto que, para ele, balbúrdia no trânsito não traz novidade. – A novidade é a maneira de grafar auto-escola, que perdeu o hífen e virou autoescola.
Agressões verbais
Natureza Morta concordou, mas com uma ressalva: outra novidade é a atualização das ofensas disparadas contra os maus motoristas. Um tremendo puxão de orelha. Beronha, nosso anti-herói de plantão, atropelando o português, quis saber qual é a “nova novidade”. Ignorando a infração à “última flor do Lácio”, o solitário da Vila Piroquinha tocou em frente: – No meu tempo, a maior agressão verbal a um motorista era gritar: Barbeiro! Algo igual ou pior do que xingar a mãe. Depois, veio outra: – Navalha! – Ou, então, meia roda – acrescentou professor Afronsius. Como as coisas evoluíram e, aí, é forçoso concordar com Beronha, evoluíram “para trás”, chegamos à era do telefone: – Tirou carteira por telefone?! A propósito, hoje já está se tornando comum, diante de uma barbeiragem, alguém tascar em alto e bom som: – Aí, tirou carteira pela internet!? Questão de upgrade. Até porque, dar sinal de seta virou, infelizmente, dar Cynar… Um jogo de palavras infame – e perigoso.
ENQUANTO ISSO…