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A primeira vez (em campo)
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No jogo entre Roma e Inter, pela semifinal da Copa da Itália, na terça-feira, o atacante mandou um petardo, como se dizia no tempo de Natureza Morta, e a bola bateu duas vezes na trave. No pé da direita – pé da direita não seria pata? Intervém Beronha – e no da esquerda. Nada de gol. Caprichosamente, como diriam os velhos locutores de rádio, continuou indócil e rebelde em campo.
Coisas assim acontecem em qualquer jogo, seja lá onde for, mas o que chamou a atenção do solitário da Vila Piroquinha foi outra coisa: apesar do Sobrenatural de Almeida, aquele de Nélson Rodrigues, o futebol continua a causar surpresa e até provocar espanto.

Como seria?

Natureza ficou imaginando a tal primeira vez. Explicando: se hoje certos lances ainda desconcertam o público e os jogadores, como teria sido a reação na primeira vez em que uma bola chutada bateu na trave – ou no travessão -, sabendo-se que o futebol é anterior a 1848, época em que ganhou o primeiro código de regras, na Inglaterra?
– Dever ter sido uma experiência aterradora, como a do primeiro contato do homem das cavernas com o fogo, deduziu.
Beronha: imagine então quando foi validado o primeiro gol feito com a mão ou ocorreu o primeiro gol contra? Isso sem falar do primeiro pênalti inventado pelo juiz gaveteiro?

Ainda na Itália

Consta que na Itália Medieval o futebol apareceu com o nome gioco del calcio. Cada equipe tinha 27 jogadores e era disputado em praças. O gol eram dois postes. Aqui, a gente inventou, nas peladas, o montinho de roupas para demarcar o espaço do gol.
Consta ainda que, na Itália de então, a bagunça era tamanha que o rei Eduardo II proibiu o bárbaro esporte. Quem ousasse praticá-lo ia preso. Atualmente, nem árbitro que mete a mão descaradamente vai em cana. Depois, ainda nas praças italianas, inventaram a arbitragem com doze juízes.
Beronha: “Aí a ladroagem foi generalizada”…

ENQUANTO ISSO…


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