Encerrada a trepidante jornada do Papa Francisco no Brasil, os inevitáveis porque previsíveis balanços. Fugindo à regra, Natureza Morta e o professor Afronsius, sob a atento olhar de Beronha, decidiram tomar outro rumo. Sem fugir do assunto.

CARREGANDO :)

Muitos pontos a favor. Graças ao Sumo Pontífice, como acentuou a revista CartaCapital, na rubrica QI/Fronteiras, houve a redenção do portunhol. Ou, por outra, do portuñol, como “se escreve do lado de lá do Rio da Prata”.

Ainda nessa linha, diz a revista que o Papa, em seus pronunciamentos, deu exemplo e abençoou “o uso de uma língua estropiada”.

Publicidade

Vizinhos e vizinhos de condomínio

Afinal, “português e espanhol são como aqueles vizinhos de condomínio que se atraem e se repelem”. Tanto que o filósofo e escritor espanhol Antonio Padilha chama a atenção “para as armadilhas da falsa semelhança, os falsos cognatos, ou falsos amigos”, Agora, no entanto, “estamos liberados a falar errado. (…) Desde que se fale, como fazia o poetinha Vinicius, e como recomenda o Papa Francisco, con el corazón”.

Ainda a propósito da fé (de cada um), Natureza Morta sugeriu também a leitura da Revista de História da Biblioteca Nacional, número 87, dezembro passado. No dossiê “Evangélicos no Brasil”, temos “das origens às Igrejas atuais”, “A ascensão na política” e “Os fiéis e seus inimigos”, entre outros artigos.

Contato sem intermediários

No texto “Sem intermediários”, a professora Silvia Patuzzi, da PUC-Rio, diz lembra que as teorias de Martinho Lutero (1483-1546) “romperam com a autoridade católica pregando o contato direto entre o homem e Deus pelo poder da fé”.

Publicidade

E, na Carta da Editora, Vivi Fernandes de Lima cita o show da cantora e líder evangélica Baby do Brasil. “Cósmica e telúrica”, ela se apresenta como uma “popstora”.

Depois de cofiar o bigode, professor Afronsius, com o endosso de Natureza Morta e do Beronha, tratou de encerrar o assunto:

– Em matéria de religião, futebol e mulher, melhor não meter a colher.

Mas insistiu: vale a pena ler a RHBN, até porque tem o artigo “Onde está o centro do mundo?”, da professora de Antropologia Urpi Montoya Uriarte, da Universidade Federal da Bahia, para quem “o olhar etnocêntrico – um risco que todos corremos – marca toda a História ocidental, empobrecendo a compreensão da diversidade de culturas”.

ENQUANTO ISSO…

Publicidade