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A tal caixinha de surpresas

Mexendo em seus alfarrábios, professor Afronsius topou com um velho recorte de jornal. Matéria sobre um jogo Itália x Alemanha, tempos atrás. Nele, e devidamente sublinhado, o comentário de Balotelli, autor dos (2) gols da vitória italiana por 2×1. Gols que, contrariando o que é comum, não foram comemorados por ele. Na saída, indagado a respeito, afirmou, fleumaticamente:

O carteiro comemora quando entrega uma carta? É só o meu trabalho, por que comemorar.

Uma declaração desconcertante, para dizer o mínimo. Basta ver que, sobre comentários de jogadores, professor Afronsius pinçou outras da pasta de (seus) recortes, agora pérolas no sentido contrário:

Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.

Bradock, sobre de um passe muito longo.

Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu.

Claudiomiro, do Inter de Porto Alegre, em Belém, 1972, onde enfrentaria o Paysandu, pelo Brasileirão.

Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar.

Zanata, do Fluminense.

A moto eu vou vender e o rádio eu vou dar pra minha avó.

Biro Biro, após vitória do Corinthians, ao receber um Motoradio como o melhor em campo.

Como dizem, ou diziam nos tempos de dona Margarida Anteontem, futebol é uma caixinha de surpresas.

ENQUANTO ISSO…

 

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