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A propósito da tal pós-verdade, a sociedade da imagem e do espetáculo do século XXI, alvo de dois livros “contundentes e proféticos”, há que se sugerir a leitura do artigo de Thomaz Wood Jr. na revista Carta Capital, edição da semana passada.

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Alguns trechos do texto intitulado Para entender a pós-verdade:

– O espetáculo produz uma representação superior ao mundo real. Cria-se dessa forma um mundo à parte, onde a relação entre os indivíduos é mediada por imagens.

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O espetáculo, ainda citando o pensador francês Guy Debord, autor de La Société du Spectacle, “manifesta-se na mídia de notícias, na propaganda, nas atividades culturais e nas interações pessoais. O espetáculo é uma narrativa totalizante que justifica, legitima e celebra o sistema. Toda a sociedade e os fenômenos sociais estão baseados e são permeados pelo espetáculo”.

Ainda do Thomaz: “O habitante da sociedade do espetáculo é o espectador, ser que não vive, apenas contempla. Ele é eterno coadjuvante, pressionado a encontrar o seu papel e a desempenhá-lo. O espetáculo fornece o roteiro, o ato e a fala, e ainda avalia o desempenho, de acordo com critérios de excelência em representação”.

E, finalizando, destaca: “O cinema, a tevê e a internet passaram a permitir um prodígio: viver em um mundo no qual o simulacro tem mais valor do que a realidade. Medimos a realidade por sua contraparte virtual. O risco para uma sociedade maciçamente orientada para a imagem é a perda da noção de realidade ou, ainda pior, a perda da preocupação com a perda da noção de realidade”.

Como sempre, a leitura dos artigos semanais de Thomaz Wood Jr. é obrigatória.

E esse, então, sobre os abduzidos

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ENQUANTO ISSO…