Um convite tentador. Matéria da Agência Brasil, produzida pela repórter Camila Boehm, informa que foi aberta em São Paulo uma exposição, pela primeira vez, traz material que mostra a trajetória de um homem que se dedicou à inovação, ao design e à ciência: Alberto Santos Dumont.
Mais: o público é convidado a passear por diversos lugares e momentos que fizeram parte da história do inventor da aviação, como a fazenda Cabangu, onde ele nasceu, e a Belle Époque francesa, em que conquistou sua fama.
No Itaú Cultural, ainda da Agência Brasil, foram reunidos objetos, fotos e documentos do aviador expostos com imagens que resgatam os balões, dirigíveis e aeroplanos. Há, ainda, uma reprodução de sua biblioteca, com publicações que o inspiraram, além de alguns títulos de sua autoria.
A exposição segue até 29 de janeiro. A entrada é gratuita.
– De grátis? Oba! Vou nessa – festejou Beronha.
As vaias indevidas
Professor Afronsius, por sua vez, lembrou um episódio recente envolvendo a figura de Santos Dumont: na festa de abertura das Olimpíadas, a homenagem ao Pai da Aviação provocou furibunda reação de alguns norte-americanos quanto à paternidade do evento. Aí, recorreu a um belo registro da façanha do brasileiro. Está no livro 80 Anos de Brasil, editado pela Souza Cruz em 1983.
Sob o título Uma improbabilidade técnica nos céus de Paris, temos:
– Campo de Bagatelle, arredores de Paris, 23 de outubro de 1906. Milhares de assistentes: um homem, um brasileiro (vejam só!) vai tentar voar. E, pior, num veículo que pesa muitas vezes mais do que o próprio ar.
A multidão quer assistir ao insucesso: havia 13 tentativas anteriores fracassadas. Um grande espetáculo. Lentamente, a engenhoca se move. É o 14-Bis, 10 metros de comprimento, 12 metros de envergadura, superfície total de 80 metros quadrados. O peso é de 160 quilos, que devem ser suspensos por um motor de 24 HP. Impossível!
– Mas – surpresa! – a máquina começa a ser erguer. Está a dois ou três metros acima de todas as cabeças. E percorre nada menos que 60 metros no campo de Bagatelle.
O homem conseguiu o improvável, fez o primeiro voo mecânico do mundo (devidamente homologado). Aplausos, chapéus jogados para o ar, lenços agitados – Santos Dumont é o Pai da Aviação.
Ao contrário dos irmãos Wright
Mas, ainda sobre a reação dos gringos, nas Olimpíadas, defendendo que foram os irmãos Wright os pioneiros no voo motorizado, em 1903, três anos antes de Santos Dumont, tem mais. O primeiro voo homologado da história foi feito por Santos Dumont, que, ao contrário dos irmãos Wright, não precisou da providencial ajuda de uma catapulta.
ENQUANTO ISSO…
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