Porteira, portão, porta, portaria, cancela, pedágio, pinguela, mata-junta, mata-burro, paliçada, muro, muro de arrimo, mureta, posto fiscal, posto policial, barreira, semáforo, passaporte, visto de entrada… Já inventaram de tudo para facilitar, dificultar ou impedir a passagem, o livre trânsito.
Foi pensando nisso que o professor Afronsius lembrou o ditado “eta mundo sem porteira” e concluiu:
– Aqui, farroupilha! Tem porteiras, sim.
Apesar dos pesares, o homem acabou se acostumando com todos os bloqueios que surgiram e segue levando a vida. Todos os bloqueios? Não. Nem todos. Um deles parece intransponível, ou seja, de incompatibilidade total: conviver com a tal porta giratória dos bancos.
Porta giratória x cliente
Semana passada, senha numérica na mão, olho na tela, enquanto esperava ser convocado ao guichê correspondente, ficou observando o movimento nas duas portas giratórias. A de entrada e, por supuesto, a de saída. Movimento? Nem tanto. O que tem de gente que não observa os avisos e fica entalado…
O tal detector de metais, implantado no Brasil nas décadas de 1980 e 1990, mesmo assim continua um problema. Basta ver os incidentes diários, alguns, inclusive, indo parar na Justiça.
Precavido, quando vai a um banco, professor Afronsius deixa em casa moedas, a carteira de cigarros (tem papel metalizado), o isqueiro – um Zippo made in Bradford. PA. –USA – e a bengala, de madeira, mas com cabo de prata.
– Até agora não fui gongado pela porta giratória. Mas o que tem de gente que dança sem sair do lugar…
Beronha:
– Num placar de Copa do Mundo, teríamos porta giratória 3 – clientes 0, no tempo normal. Porta giratória 2 – clientes 0, na prorrogação. Nos pênaltis, porta giratório 5 – clientes 0. Com muitos cartões vermelhos.
ENQUANTO ISSO...