Medalha de ouro domingo no revezamento 4x100m com a equipe da Jamaica, Usain Bolt virou o maior campeão da história do Campeonato Mundial de Atletismo. Soma dez medalhas. O americano Carl Lewis, nos anos 1980/90, também obteve dez medalhas. No entanto, foram oito de ouro, uma prata e uma de bronze. Bolt tem o mesmo número de ouros, mas com a vantagem de ostentar duas pratas, segundo a BBII – Brava, Briosa e Indormida Imprensa.
Apreciador de quase todos os esportes (e de gibis), professor Afronsius desengavetou da memória outro herói de nome Bolt. Big Ben Bolt. Ele brilhou nos quadrinhos desenhados por John Cullen Murphy, em 1950. Roteiros escritos por Elliot Caplin (irmão de Al Capp, ele mesmo, o criador de Ferdinando); distribuição da King Features Syndicate. O mocinho era um lutador de boxe que viraria jornalista esportivo depois de sofrer uma lesão, que o impedia de voltar ao ringue. Como repórter, cobria o boxe.
– Certamente ganhava mais como boxeador – brincou Natureza Morta
Enfrentando o crime
No Brasil, Big Ben Bolt foi publicado sob a chancela da Rio Gráfica Editora, no Gibi Semanal. Tempos depois, ressurgiu na revista Stripmania, da Opera Graphica.
Mesmo combatendo na II Guerra Mundial, Murphy não parou de desenhar para o Chicago Tribune. Em 1946, de volta aos EUA, dedicou-se a revistas como a Sport, Columbia e Liberty.
Tanto no ringue como fora dele, Big Bem Bolt (Benjamin Bolt) enfrentava os mais incríveis desafios. Morreu em abril de 1978, com um tiro no peito. Em decadência, tinha virado agente secreto de uma organização considerada no mínimo misteriosa. Um retorno aos grandes e gloriosos dias era impossível.
Em 1971, Big Ben Bolt ganhou o Prêmio Melhor Strip, concedido pela National Cartoonist Society.
Mesmo no papel, morre o homem fica a fama.
ENQUANTO ISSO…