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Da coluna Achados&Perdidos: confirmando que a falta de continuidade (quando se trata de coisas boas, é claro) é uma “característica” marcadamente bem brasileira, temos que, em 1933, já se buscava por estas bandas uma alternativa para a gasolina.
Não era para menos, uma vez que, sem a exploração do petróleo, a dependência em relação ao mercado externo era extrema. E perigosa, posto que colocava o país em risco.

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Um sucesso

Foi aí que um engenheiro do Instituto Nacional de Tecnologia, Eduardo Sabino de Oliveira, depois de adaptar 34 motores, chegou ao fantástico: promover o primeiro circuito nacional com veículos a álcool.
O próprio Sabino – sem que tenha havido qualquer maracutaia, segundo Natureza – venceu a prova. Seu Ford 31 apresentou o surpreendente consumo de 7 km por litro.

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Euforia passageira

A utilização do álcool em substituição à gasolina causou muito entusiasmo, tanto que o presidente Getúlio Vargas decidiu fazer do Rio de Janeiro o primeiro centro “movido a álcool” do Brasil.
– Mas já não era movido a álcool? – quis saber Beronha,intrigado com a revelação.
Natureza passou ao largo e prosseguiu. Incrível, mas quase 20 mil carros foram transformados para receber álcool. Durante três meses tudo andou bem – nos dois sentidos -, mas os limitados estoques do novo combustível acabaram.
O Instituto Nacional de Tecnologia, como assinalam os jornais da época, voltou a registrar grandes filas. Mas por outro motivo. Irritados, bufando, motoristas exigiam a nova conversão dos motores de seus veículos. Era a volta desesperada à gasolina.
O livro “80 Anos de Brasil” registra o episódio com um título que diz tudo:
– Carro a álcool: bom enquanto o álcool durou.
Segundo Beronha, foi como construir uma carroça numa região em que não havia cavalo. Ou burro.

ENQUANTO ISSO…