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Capetão à solta na 101
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“Corpo fechado – Parrudão que atacou a polícia disse que tava possuído pelo capeta”.
“Terror no Estaleirinho – Bandidagem aponta trabuco pra criança durante assalto”.
“Balneário Camboriú – Candidatos usam vagas pra propaganda digrátis”.
“Sabichões afirmam – É o agosto mais quente do século”.
Estas são algumas das manchetes do jornal Diarinho – Diário do Litoral, edição do último fim de semana. O professor Afronsius recebeu um exemplar, trazido de Camboriú por um amigo que esteve por lá e achou o jornal “simplesmente fantástico”.

Viver é realmente perigoso

O vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, após breve folheada, concordou:
– Ele mais do que inova na linguagem dos jornais chamados populares. Vai muito além do clássico presunto, desova e queima de arquivo. É de uma ousadia acachapante.
– E não é degrátis, custa R$ 1,50 – observou Beronha.
O assunto, no dedo de prosa, continuou por conta do Diarinho, que, na edição, comemorou: “Oba! Meio século de Vida de Navega brindado com um caderno especial sobre o níver da city”.
City?
– Sim, Navega. Navegantes.
Sobre o Parrudão (Luvanor, “um brutamontes de mais de 1,80 metro”), a chamada de primeira página conta que o “cara quebrou cancela de pedágio, atirou em viaturas dos homis, promoveu quebradeira em posto de gasosa, caiu na porrada com os homidalei e escapou de saraivada de tiros”. Página 7.
– Página 7? Irresistível. Vamos a ela – pediu Beronha.
– É, o parrudo só parou ao ser atingido por uma arma de choque. Alegou, depois, estar “possuído pelo timbinga”. Tinha ido a uma igreja e que “todos os demônios de lá haviam encarnado nele”.

Parecia coisa de cinema

A confusão começou em Barra do Sul, perto de São Chico. A PM da city foi chamada porque Luvanor tava ameaçando uma pessoa. Ele simandou no seu baita Audi A3 e “começava aí uma perseguição daquelas que a gente só vê mesmo em filme”. Foi na BR-101. A caçada terminou no km 70. Depois de atirar nos pneus das baratinhas da PM, “o cara deu uma canseira nos fardados”. Durante todo o percurso, “o maluco usou o potente equipamento de som do seu possante pra provocar a polícia e dizer que ninguém ia conseguir pegá-lo”.
A Polícia Rodoviária Federal também entrou na parada. “O tempo total da caçada ao maluco levou cerca de quatro horas”.
– Ufa! Fortes emoções – comentou o solitário da Vila Piroquinha, que chamou a atenção para um anúncio institucional do Diarinho: “Tem gente que coloca embaixo do tapete. A gente joga no ventilador”.
Encerrando, o professor Afronsius quis saber se o jornal faz assinatura. Faz. E tem a versão online.

ENQUANTO ISSO…


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