A ventania que castigou Curitiba, no final da manhã de ontem, anunciando chuva e frio, não necessariamente nessa ordem, causou uma série de transtornos. Coisas e mais coisas saíram voando. Segundo levantamento feito pelo Beronha, no boteco mais próximo do epicentro, um cidadão foi atingido por uma bola na testa.
– Bola?
– Bola de sorvete. Sorvete de morango, pelo que consta.
O que mais decolou, no entanto, foram cartelas do EstaR, paus de selfie (cinco), notas fiscais com CPF (miríade), um cachecol, apostas (frustradas) da Mega-Sena, duas perucas e o bosquejo de uma delação premiada.
O levantamento, segundo nosso anti-herói de plantão, será concluído nos próximos dias – parece que ocorreu uma chuva de pinhão e penas de urubu em algumas áreas. Isto posto, Beronha saiu cantando a única música que conseguiu decorar a letra, após redobrados esforços.
– A ventania começou quando eu dormia/
acordei, fiz o sinal da cruz/
quis acender a luz/
não encontrei o lampião/
Úúú/
Era assim que fazia o furacão/
Levei uma pedra e um tijolo na cabeça/
tô machucado, tá doendo pra chuchu/
vai na farmácia que eu preciso de um doutor/
Úúú/
Era assim que fazia o furacão…
ENQUANTO ISSO…
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