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Coisas do bicho

Embora possa parecer impossível, há um brasileiro que nunca jogou no bicho. E muito menos tem informações básicas sobre a contravenção. Trata-se do professor Afronsius, que só recentemente ficou sabendo, por informação de terceiros, que o bicho tem (também) livre circulação na internet. Basta o cabôco acessar um dev da vida e dispõe de uma banca para ficar sabendo, além do resultado (incluindo o das loterias oficiais), como interpretar sonhos e até o horóscopo para fazer a sua fezinha. Além de contar com dicas, palpites e estatísticas.

– A única coisa que sei é que essa bolsa ilegal de apostas em números que representam animais foi inventada em 1892. Pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador do Zoológico do Rio de Janeiro, na Vila Isabel.

Faltou a tal sorte de principiante

Natureza Morta não fica muito atrás. Arriscou apenas uma vez:

– A pedido, ou melhor, por ordem da sogra. Ela sonhou com cavalo. Aí, Beronha deu uma mãozinha. Contou que cavalo é 41-42-43-44. E se encarregou da fazer o jogo.

– Hoje é pela federal, comemorou.

Horas depois, retornou. Desolado.

– Nada. Não deu cavalo. Deu 09-10-11 e 12.

– 09-10-11-12?

– Isso mesmo. Burro.

Um bicho orelhudo

Ainda sobre o jogo, ou melhor, contravenção. Um conhecido de Beronha, o Zé do Mercado, vive faturando no bicho, posto que joga todo dia. E mais de uma aposta. Dias atrás, num estalo, um palpite. Coelho seco. Mas, devido a um contratempo, não fez a aposta. Não deu outra: na extração das 14 horas, diurna, 6538 na cabeça. Coelho. Lei de Murphy.

Coincidência ou não, ao parar no Bar VIP da Vila Piroquinha viu a placa de um carro, estacionado quase na frente: 6538. De novo o bendito coelho.

– Me senti um outro bicho orelhudo. Burro.

ENQUANTO ISSO…

24 abril (1)

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