
Como sempre, Beronha reclamou do feriado. Para ele, todo dia é dia de preguiça e descanso, só que, com a cidade parada no 1.º de maio, muitos botecos cerram as portas.
– Uma perversidade. Bar deveria seguir o esquema de posto de gasolina. Só fecha quando pra reforma. Questão de segurança nacional. É hora de acionar a CBB – Confederação Brasileira dos Bebuns.
E, no dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, ficou sabendo que no dia 1.º de maio de 1886, em Chicago, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores. Protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a carga horária pela qual eram submetidos – 13 horas diárias. Ocorreram vários conflitos com a polícia, provocando mortes. As manifestações ficaram conhecidas como a Revolta de Haymarket.
Já em Paris, no dia 20 de junho de 1889, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o 1.º de maio como data máxima na luta pela jornada diária de 8 horas de trabalho. Em 23 de abril de 1919, o senado francês sacramentou a reivindicação e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.
Após a França, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924, pelo governo de Artur Bernardes. E, com o governo Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data.
Responda se for capaz
Para não parecer tão bocó diante do professor Afronsius e Natureza Morta, nosso anti-herói de plantão aplicou um velho golpe. Voltou a testar os conhecimentos da dupla, ou parelha, como costuma dizer. Disfarçadamente, sacou do bolso um pequeno papel com anotações e lançou o repto:
– Pra vocês, que sabem tudo. O que é argênteo?
E tratou de se antecipar a qualquer resposta:
– Argênteo: do latim argenteu – da cor da prata; serve também para designar argentino.
Meteu o papelzinho de volta no bolso e se mandou à procura de um boteco, com as portas abertas, por supuesto. Ao dobrar a esquina, disparou:
– Cambada de incultos!
ENQUANTO ISSO…
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