Palavras cruzadas. Para alguns é como trabalhar, algo motivador, positivo. Para outros, nem tanto. São forçados a isso. Beronha é do terceiro time, aquele dos que simplesmente querem distância.
– É uma questão de aptidão. No meu caso, a incompatibilidade é total – defende-se nosso anti-herói de plantão, avesso a palavras cruzadas. E ao trabalho.
De volta à origem
Natureza Morta adora palavras cruzadas. Começou pelas chamadas fáceis, medianas e chegou às difíceis. Mas o solitário da Vila Piroquinha admite que não sabia qual a origem das palavras cruzadas. Vai daí que a seção Achados&Perdidos foi atrás. O passatempo data do século IV a.C. e teve origem em jogos chamados de laterculus pelos romanos. Consta que foram encontrados exemplos desse jogo nas ruínas de Pompéia, cidade arrasada no ano 79 pela erupção do Vesúvio.
O desafio: formar e cruzar palavras de modo que resultassem em palíndromos.
Beronha:
– Pali o quê? Cruz credo…
Palíndromos, frases ou palavras que, lidas da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, têm o mesmo sentido. Exemplos mais comuns de palavras: osso, ovo e radar (até mesmo quando radar da Diretran…).
Exemplos de frases:
– O romano acata amores a damas amadas e Roma ataca o namoro.
– Rir, o breve verbo rir.
As PC para o grande público foram publicadas pela primeira vez no jornal The New York World, em 22 de dezembro de 1913. Iniciativa de um inglês, Arthur Wynne.
Um grande teste
Leitor do Jornal da Ordem, publicação da OAB/Paraná, Natureza encontrou um desafio tremendo pela frente: palavras cruzadas para os profissionais da área jurídica. Não foi muito longe. Topou, nas horizontais, com inquilino, locatário, 10 letras no Direito Civil. Inventário, rol, 8 letras; o maior rio italiano – duas letras. Nas verticais, apostador na banca de jogo (Direito Penal), 8 letras, e descrição do ovo, 7 letras…
Apelou: virando o jornal de cabeça para baixo, foi direto às respostas: alugatário; cadastro; Pó; ponteiro; Oologia…
Aí, envergonhado, pulou de página…
ENQUANTO ISSO…
