Em circunstâncias adversas, há um ditado que recomenda: ponha as barbas de molho. Na falta de barba, o jeito é apelar, recorrendo ao penacho traseiro do cachorro.
Explicando: Beronha, nosso anti-herói de plantão, ficou assustado com a notícia que ouviu no rádio – “cresce a cotação da cachorrada no mercado do crime”.
Levantamento do American Kennel Club indica que o roubo de animais de estimação aumentou 50% neste ano, subindo cerca de quatro vezes desde o início da crise econômica nos Estados Unidos, no final de 2007.
Um porta-voz (não da polícia, mas da instituição, Lisa Peterson) garantiu que há razões econômicas por trás disso.
Caçando recompensas
Segundo Peterson, “os criminosos vendem os cachorros na internet, em mercados de pulgas ou à beira de estradas para compradores que não suspeitam de nada”. E tem mais: Lisa diz que já viu cachorros roubados “reaparecerem milagrosamente para que a pessoa ganhasse a recompensa do dono”.
Informam os especialistas – não em roubo, mas em animais – que os alvos principais são as raças pequenas, caso do Lulu-da-Pomerânia. Aliás, Lulu e Pomerânia vão em caixa alta ou caixa baixa?
Não raras vezes, o ladrão (ou seria sequestrador?) aponta armas para a vítima (seria o cãozinho ou o dono do cãozinho, quer saber Beronha).
Do Totó ao Rex
Um tanto chocado, Natureza Morta olhou para o seu cachorro, através da janelão principal da mansão da Vila Piroquinha, e gritou:
– Vem cá, Totó! Xispa!
É, com ele cachorro continua sendo cachorro, apesar da crescente cotação canina no mercado. Apesar da cotação e de suas consequências irreversíveis.
No seu tempo, garante Beronha, cachorro recebia, quando muito, e no máximo, nomes como Totó, Bidú, Lulú ou Rex.
E a grande preocupação resumia-se à ausência coleira. Ou à carrocinha da prefeitura, que pegava a laço a cachorrada solta pelas ruas.
– O maior temor de um proprietário era que o cachorro virasse sabão – emendou Natureza.
Com seus botões, Natureza ficou imaginando: logo teremos cães de guarda para proteger cachorro.
ENQUANTO ISSO…
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