O previsível: cresce a população de cachorros, ou melhor, pets, e, com isso, o volume de totô (excremento é um nome muito feio para os dejetos de bichinhos tão lindos, fofos) não recolhido pelas calçadas de Curitiba. Ao mesmo tempo, com os temporais na cidade, a ventania espalha folhas, galhos e chega a derrubar árvores frondosas. Nem velhos pinheiros escapam.
Voltando ao totô. Dia atrás, uma madame que desfila diariamente com seu cachorrinho, ficou indignada: na entrada do prédio onde mora havia “um tremenda sujeira de cachorros”. Nada disso. Eram pedaços de pinhas ainda em crescimento que foram expelidas durante um temporal. Pelo formato e cor, ela achou que eram dejetos. E meteu bronca no zelador.
Só aí ficou sabendo, embora tenha nascido e se criado na terra dos pinheirais, que o pinhão se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai se abrindo até liberar o pinhão. No caso, o processo foi abruptamente interrompido. Antes disso, tomou um susto quando o zelador, tranquilamente, começou a recolher os pedaços de pinhas sem usar luvas:
– Ui! Que nojo!
Nem tudo é o que parece.
ENQUANTO ISSO…