Calejado por anos e anos atrás do balcão, atendendo o “distinto público” que frequenta o Bar VIP da Vila Piroquinha – “ocasionalmente todos os dias” ou só ocasionalmente ou todos os dias mesmo -, Rosbife desenvolveu certos engenhos e artes.Chegou ao máximo:
– No fundo, a arte de todas as artes, a arte da sobrevivência – garante ele.
Tal qual o Exército Brancaleone
Para Natureza Morta, se normalmente não é fácil conviver com determinadas pessoas, imagine-se no comando de um bar, com a frequência de um massa de fregueses mais do que eclética.
– Algo parecido como o (incrível) Exército de Brancaleone – sugeriu o professor Afronsius.
– Filme de de Mario Monicelli, 1966, no original L’armata Brancaleone, um título também genial – completou o solitário da Vila Piroquinha.
Mas, ainda segundo Rosbife – “casca grossa por fora mas macio por dentro”, segundo um dos clientes do Bar VIP, explicando o motivo do apelido -, foi recentemente que ele aprimorou ao máximo o engenho e a arte de manter a casa em ordem – e o bom andamento do serviço.
A lição de Rufino
Foi quando leu um texto do historiador José Rufino dos Santos, em sua coluna na Caros Amigos, sobre a polêmica (amistosa) entre Robert Schwartz, “prestigioso intelectual marxista”, e Caetano Veloso, a propósito do livro deste, “Vereda Tropical” (1997).
Entre um e o outro, não é verdade que eu esteja ao lado de Caetano, diz Rufino. Como gostam de dizer os cariocas:
– O senhor está com a razão. Mas o outro senhor também.
E assim vai levando a vida e evitando enroscos. Como diria Machado de Assis: “Não me venha de borzeguins ao leito”.
ENQUANTO ISSO…