Retornando de viagem à Alemanha, um amigo do professor Afronsius contou – e ainda um tanto incrédulo – não acreditar no que presenciou em Berlim. Certo dia, viu um alemão comprar não um cacho, mas uma banana. Exatamente. Uma mísera banana. Acostumado com a venda de banana no Brasil, ficou espantando.
Como se sabe, o Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, com 7,5 milhões de toneladas, perdendo para a Índia e a China.
– Lá, na Alemanha, banana ainda é vendida como artigo de luxo – comentou o aturdido turista.
Já no Palácio de Versalhes…
Outro turista brasileiro, agora na França, tomou um susto ao visitar o Palácio de Versalhes. Em um dos imensos salões topou com pinturas de abacaxi em cortinados e peças decorativas. E tudo com retoques de ouro puro.
– Contribuição brasileira – informou o guia. O abacaxi, claro.
De fato, e a presença do nosso prosaico, posto que abundante, abacaxi é desconcertante. E , ficou sabendo, havia o abacaxi de aluguel. Nos reinados de Luís XIV e Luís XV, o abacaxi, uma bromélia comestível de nome científico Ananás sativus, tornou-se o máximo de ostentação, símbolo de riqueza e poder. Afinal, era algo nada comum por aquelas bandas.
Tanto que, para esnobar outros nobres, o abacaxi de Luís XIV (1638/1715) passou a ser produto de aluguel. Era cedido temporariamente para abrilhantar banquetes e recepções de outros membros da alta nobreza. Pela raridade, era o centro das atenções.
Contato inesquecível
Consta que o primeiro contato do rei Luís XIV com o abacaxi foi de amargar. Diante do estranho fruto, o rei tratou de tascar uma dentada, ignorando a casca do dito cujo. Acabou lacerando os beiços.
Já Luís XV chegou a construir estufas perto de Paris para ter abacaxi à disposição. E continuar humilhando o resto da nobreza.
ENQUANTO ISSO…
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião