No mais recente dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, Natureza Morta quis saber do professor Afronsius se ainda existe bolacha Maria.
– Não faço ideia.
– E enceradeira?
– A última vez que ouvi falar em enceradeira foi quando do lançamento da enceradeira industrial…
De qualquer modo, sobre a bolacha Maria, disse ter lido que ela surgiu em 1874, por obra e graça de um padeiro inglês. Salvo engano, para os festejos de casamento da grã-duquesa Maria Alexandrovna, da Rússia, com o Duque de Edinburgo.
Quanto às enceradeiras, foram aposentadas até pela cera de brilho instantâneo, para não falar dos novos pisos, os, outrora, assoalhos. Aliás, também tiveram fim a caixinha de costura, o rolo de macarrão e a sacolinha de crochê, sempre bem guardados em algum ponto da casa?
Beronha mete a colher e põe a enceradeira novamente em campo:
– Sucesso mesmo foi o Zinho enceradeira. Na Copa de 1994, Zinho foi titular absoluto no meio-campo de Carlos Alberto Parreira. Mas, preso ao esquema de marcação, sem poder avançar para o ataque, recebeu muitas críticas por ficar girando num espaço limitado. Com a conquista do tetracampeonato, muita gente teve que engolir suas críticas. Ou varrer as críticas para baixo do tapete. Com vassoura – arrematou nosso anti-herói de plantão.
Mas, aproveitando a sessão nostalgia, quis saber se ainda tem uso o chá de arnica, o chá de boldo, o emplastro Sabiá, a Emulsão de Scott – com o terrível óleo de fígado de bacalhau – e o chá de losna.
Diante do silêncio sepulcral, deu tchau e se mandou.
– Está na hora de ouvir o Repórter Esso.
ENQUANTO ISSO…
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