
Como se sabe, é de Ferreira Gullar o aforismo: “A crase não foi feita para humilhar ninguém”. Isso veio imediatamente à mente do professor Afronsius quando, saboreando um (alentado) texto de um crítico, lá pelas tantas leu que, um certo escritor, ao lançar o que seria a sua última obra, “já estava no nadir de sua produção literária”.
– Nadir? Essa me pegou.
O jeito foi se socorrer no pai dos burros, na falta do Enriqueça o Seu Vocabulário, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, publicada regularmente na revista Seleções do Reader’s Digest, década e décadas atrás.
E não é que nadir existe, está lá, no Aurelião:
– Nadir sm. Astronomia. O ponto da esfera celeste que se situa verticalmente abaixo do observador, passando pelo centro da Terra. Opõe-se a zênite, que vem a ser, no sentido figurado, auge, apogeu.
Mas e mais empolgado com a vitória do Atleticon sobre o Flu e, por supuesto, com as incríveis defesas de Werveton, Beronha aproveitou o tal do nadir para endossar os aplausos e clamores de que o goleiro já deveria ter sido convocado, há muito tempo, para a seleção brasileira:
– Ao contrario do nadir de muitos como jogador de futebol, nosso goleiro encontra-se em pleno zênite, auge, apogeu.
Resta torcer. Esperando algo positivo dos nossos cartolas.
ENQUANTO ISSO…
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