| Foto:

Ressaltando, pra início de conversa, que se trata da “árvore aquifoliácea, de cujas folhas se faz o mate”, Natureza Morta, preventivamente afastada qualquer outra maldosa interpretação, confessou ter aderido à segunda paixão nacional: a erva. Erva-mate. E por conta da Barão do Cotegipe, “produto nativo, com folhas e outras partes do ramo de erva-mate, a, como diria o professor Sergio Ahrens, Ilex paraguariensis”.
– A própria embalagem é um espetáculo. “Indústria brasileira – Produto gaúcho. Sem adição de açúcar. Mais cor – 1.ª embalada a vácuo – mais sabor. Esta embalagem conserva a cor e o sabor da erva-mate por dois anos!” Isso mesmo, com direito a ponto de exclamação.
– Embalagem? Um verdadeiro portfólio – acrescentou professor Afronsius. Afinal, como bar, supermercado também é cultura e informação.

CARREGANDO :)

Passo a passo e dicas

Além de ensinar como se prepara o verdadeiro chimarrão, passo a passo, da colocação da erva até a introdução da bomba, fornece duas dicas. Dica 1: “Para um chimarrão saudável e gostoso por muito mais tempo, use água mineral; nunca fervendo, próximo à fervura ou já fervida”.
Dica 2: “Após apreciar o chimarrão, limpe a cuia e deixe-a secar em local arejado. A bomba depois de limpa e seca deve ser guardada na geladeira”.
Sobre a paixão pelo chimarrão, a empresa informa que “o padrão de qualidade começa na classificação das sementes e vai muito além no inovador processo de secagem onde o produto não entra em contato com a fumaça, tudo para garantir o melhor aroma e sabor para o verdadeiro chimarrão gaúcho”.

Publicidade

De volta à senzala

Procedência da erva: Barão de Cotegipe, RS. Aí, a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, entrou em cena: o nome da cidade homenageia João Maurício Wanderley, o barão de Cotegipe, co-autor da Lei dos Sexagenários, também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe. Promulgada no dia 28 de setembro de 1885, garantia a libertação de escravos com mais de 60 anos. Apesar do seu conservadorismo e simpatia pelo regime escravagista, João Maurício Wanderley aprovou a lei, proposta pelo gabinete anterior, presidido por José Antônio Saraiva. Daí Lei Saraiva-Cotegipe. Em 1888, no entanto, o Barão de Cotegipe foi o único senador a votar contra a Lei Áurea, que decretou o fim da escravidão no país.
– A soltura dos escravos, não a libertação – arrematou professor Afronsius, enquanto Beronha, pouco interessado na erva-mate, pedia “uma cuia com chá de camomila”.

ENQUANTO ISSO…