De Alex a Paulo Baier

Craque é craque. Com a bola nos pés como também na escrita, caso de Afonsinho, que não tem medo de divididas, tanto que não esconde a irritação com os caminhos – ou descaminhos – do futebol brasileiro. Titular de coluna na revista Carta Capital, nesta semana, no texto “Adeus às ilusões”, lamenta e manda brasa: “Intermediários agora se juntam em grandes corporações e controlam vários clubes. Muita vezes, não têm a menor ligação com o próprio futebol”.

Bola “sonho de valsa”

A situação é surreal, segundo Afonsinho, que cita exemplos. Um deles: a bola do Brasileirão. Os goleiros reclamam. Parece, dizem, “um sonho de valsa”. E cobra. Fora e dentro de campo, “transformações são absolutamente necessárias”, posto que “a estrutura política e administrativa das entidades continua intocada, nada se faz”.

A graça da surpresa

Ao comentar que “o futebol tem a graça da surpresa”, destaca que, no Brasileirão, “os velhinhos arrasam”, cabendo a eles “a missão de trazer de volta a beleza do futebol”. E, no apito final da coluna, não deixa por menos:

– No Coritiba, Alex pinta obras de arte com os pés.

Embora rubro-negros de carteirinha, professor Afronsius, Natureza Morta e Beronha (para quem o seu coração só tem uma cor, é rubro-negro) concordaram com Afonsinho.

– Assinamos embaixo, mas não seria o caso de incluir também Paulo Baier entre os “velhinhos que arrasam”? – reivindicaram sem falso pudor.

O maior artilheiro da era dos pontos corridos, Baier marcou quarta-feira o gol que garantiu a vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Bahia. Saiu de campo ovacionado e cada vez mais perto do milésimo gol. Já soma 93 em Campeonatos Brasileiros.

Em 14 participações no Brasileirão, o mestre atleticano é o maior goleador da competição desde a implantação da fórmula de pontos corridos. Com a camisa atleticana, foram 24 gols.

Como não poderia ser diferente, em se tratando de Paulo Baier, nosso craque creditou a vitória do meio de semana a todos os atletas companheiros de jornada. E ao técnico Mancini.

Se é Baier, é mais do que bom.

ENQUANTO ISSO..