Começa amanhã e vai até o dia 21 o XI Seminário Nacional e o VIII Encontro do Cone Sul sobre Tropeirismo, em Bom Jesus, Rio Grande do Sul. O convite é de Carlos Solera, da Ong NATA (Núcleo dos Amigos da Terra e Água) Paraná. Endereçado ao professor Afronsius, que comemorou e trouxe a notícia ao dedo de prosa com Natureza Morta, junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha.
– Além da importância do encontro, ele será realizado em Bom Jesus, belíssima e histórica cidade do Rio Grande do Sul.
O professor Afronsius, como o solitário da Vila Piroquinha, são gaúchos. Por adoção. Não bastasse isso, adoram turismo (rural).
Dicas de viagem
Para quem, de mala e cuia, já está pronto para ir a Bom Jesus, o professor Afronsius sugere, entre outros pontos turísticos, a Trilha do Espigão do Veado Branco.
– E a Trilha da Lagoa do Bicho – completou Natureza. Sem esquecer a Bodega do Cleber.
– Bodega? Tô nessa! – prontificou-se Beronha, nosso anti-herói de plantão.
Antes de surgir o povoado de Bom Jesus, os indígenas ocupavam toda a região. Em cavernas e áreas de cultivo ainda estão presentes os vestígios. Com a chegada dos bandeirantes e os tropeiros, surgiram as primeiras fazendas.
O município de Bom Jesus fica no extremo Nordeste do Estado, nos chamados Campos de Cima da Serra.
Na rota dos tropeiros
Em pauta, a contextualização dos estudos de tropeirismo na história do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Cone Sul, integrando-os aos estudos já existentes e promover novas discussões sobre o tema.
Formatar os caminhos dos tropeiros transformando-os em atrativos turísticos; aprofundar os estudos sobre os caminhos tropeiros na Região das Missões.
Analisar a atuação de Atanagildo Pinto Martins entre o Rio Grande e o Paraná.
– Quem? – intervém Beronha.
– O brigadeiro Atanagildo Pinto Martins, que em 1816 ou 1819 desceu de São Paulo com sua milícia e parou em Laguna, seguindo depois rumo ao Sul, para explorar um caminho para o comércio das tropas.
– Ah, entendi.
Discutir Debret como pintor do tropeirismo.
Identificar a(s) causa(s) da decadência do tropeirismo e da Feira de Sorocaba.
Analisar a importância do Caminho das Tropas como produto turístico, com ênfase no turismo cultural.
Estudar a medicina utilizada pelos tropeiros em suas andanças.
Conhecer o maior criador de mulas do RS, o conde de Porto Alegre. Discutir a música no Tropeirismo e estudar a participação da mulher nas tropeadas.
Nos Açores
Tem mais, segundo Solera: difundir as raízes tropeiras de Caxias do Sul; demarcar a importância do negro no tropeirismo; entender a relação entre tropeirismo e os Cristãos Novos no Cone Sul; discutir os criatórios de mula no desenrolar do Ciclo do Tropeirismo; difundir a história e a importância dos muares nos Açores. E mapear a origem da palavra tropa, registrar quando passou a fazer parte da língua portuguesa e identificar o momento em que foi para o dicionário.
Serviço: informações/inscrições – telefones: (54) 3237 2658 e 3237 2552.
E-mail: senatro@bomjesus.rs.gov.br
Boa viagem e bons estudos.
Beronha:
– E cuidado quando sair da bodega…
ENQUANTO ISSO…
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