Muito antes de virar carimbo para jogador de futebol (“contratamos um bonde”), o dito cujo bonde foi um tremendo sucesso, uma marca de civilização (sic).
Foi pensando nisso, uma possível solução para nosso trânsito, com a volta dos bondes, até porque o tal de metrô está cada vez mais difícil, que o professor Afronsius embarcou no assunto.
Machado antes do general
De posse de um exemplar da Revista de História da Biblioteca Nacional, edição de número 87, dezembro do ano passado, o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha comentou com Natureza Morta um registro sobre um suposto inconveniente do bonde.
Na Seção Almanaque, sob o título “Machado e a morrinha”, temos:
– Sucesso nos centros urbanos no início do século XX, os bondes, movidos por tração animal ou por eletricidade, eram uma das marcas da civilização da belle époque. Além disso, forçavam a convivência direta entre pessoas bem diferentes. Tanto que o mestre Machado de Assis (1839-1908), que também era um bom galhofeiro, estipulou algumas “regras” para o uso da novidade.
Uma, em especial, tratava do incômodo bem particular: “As pessoas que tiverem morrinha (fedor, catinga) podem participar dos bondes indiretamente: ficando na calçada, e vendo-os passar de um lado para o outro. Será melhor que morem em rua por onde eles passem, porque então podem vê-los mesmo da janela”.
Fica o registro, mas Natureza aproveitou para acrescentar:
– Muito tempo depois, um dos generais de plantão na presidência da República, após o golpe civil-militar de 64, chegou a declarar que, entre cheiro de povo e cheiro de cavalo, preferia o de cavalo.
Em tempo: MA dá nome à Academia Brasileira de Letras (Casa de Machado de Assis), fundador que foi da cadeira número 23, cujo patrono, ele escolheu, é José de Alencar, seu amigo. Já o outro…
Pano rápido. Ou melhor, puxem a campainha rápido que eu quero descer.
ENQUANTO ISSO…
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