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Vera Cruz, o retorno. Não se trata do farwestão de Robert Aldrich, filme de 1954, com Gary Cooper e Burt Lancaster, mas dos estúdios Vera Cruz. Deu na Carta Capital que a Vera Cruz renasce da união entre poder público e privado. Ou seja, a Telem, “veterana no ramo de infraestrutura para o entretenimento, investirá R$ 158 milhões na revitalização dos estúdios em São Bernardo do Campo”.

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E com a contribuição decisiva de Mazzaropi, não o Amácio, o Jeca Tatu, por supuesto, mas o filho dele, André Luiz Mazzaropi, que comentou a boa nova:

– Quando cheguei aqui hoje, passou um filme na minha cabeça. Estive diversas vezes aqui com meu pai e sabia do sonho dele de um dia ver a Vera Cruz recuperada. Eu vinha aqui com ele e com o Abílio Pereira de Almeida, o cineasta que trouxe meu pai e o apresentou ao Franco Zampari, o dono da companhia.

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A Vera Cruz, prossegue a revista, “entrou para a história como a primeira tentativa de realizar um cinema em escala industrial no Brasil”.

A Hollywood brasileira

Foi a tentativa de criar uma Hollywood brasileira. Como já comentamos aqui no blog, para alguns pesquisadores a história do cinema brasileiro seria dividida em antes e depois da Vera Cruz, “marco da indústria cinematográfica nascente no país, sonho realizado pelos empresários Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho em 1949”.

Mas, como não bastava produzir filmes, posto que a distribuição, no caso o filé-mignon, estava nas mãos de terceiros. Basta ver que uma grande conquista dos estúdios Vera Cruz foi O Cangaceiro, 1953, filme de Lima Barreto. Em três meses, foi visto por 600 mil pessoas e conquistou no Festival de Cannes o prêmio categoria aventura.

O Cangaceiro “ganhou o mundo”, mas isso não contribuiu em nada para as finanças da Vera Cruz, já que a Columbia, ela mesma, detinha os direitos de distribuição do filme – a preço fixo.

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Que a história não se repita.

ENQUANTO ISSO…