Uma das qualidades, ou melhor, corrigindo, uma das peculiaridades do Beronha é a cara de pau na hora de sacar uma desculpa. Mas, nos dias presentes, muita chuva e frio em Curitiba, nosso anti-herói de plantão deixou de lado o “tô com preguiça” quando se trata de encarar o chuveiro:
– Banho? Nada recomendável com esse tempo… Conselho médico.
Mas, antes que ele volte à preguiça, há que lembrar o mais famoso dos preguiçosos, pelo menos na literatura. Macunaíma, o personagem de Mário de Andrade. Lançado em 1928, o livro virou até filme, de Joaquim Pedro de Andrade, em 1969.
– Pombas! Demorou 41 anos para ser levado às telas, e isso ninguém chamou de preguiça – tascou Beronha, que, de tão preguiçoso, raramente utiliza ponto de exclamação em suas falas.
A propósito da preguiça, algumas frases que não exigem nenhum esforço, começando, é claro, por Macunaíma:
– Ai, que preguiça!
Outras:
– Preguiça é o hábito que se contraiu de descansar antes da fadiga.
Jules Renard.
– Em leito de penas / não se alcança a fama nem sobre as cobertas.
Dante Alighieri, Divina Comédia.
– Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.
Luc de Clapiers Vauvenargues.
– A poltrona e as pantufas são as ruínas do homem.
Benito Mussolini (bate na madeira 3 vezes, recomenda Natureza Morta).
ENQUANTO ISSO…
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