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Do álcool à água
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Enquanto a CPI do Cachoeira não deslancha (“espera-se que não seja mais uma cascata”, comentou o professor Afronsius), o assunto que abriu o dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha foi uma notícia publicada pelo Daily Mail.
Segundo o poderoso rotativo daquelas bandas, médicos testam uma droga que acabaria com os efeitos colaterais do álcool mesmo quando a pessoa está de pileque.
Ao ouvir isso, Beronha reagiu:
– Como dizia meu amigo Asdrubal, citando outro amigo, o Colaço, beber para não ficar bêbado é jogar dinheiro fora…

Se for dirigir…

Natureza Morta e o professor Afronsius continuaram o papo: o tal de Iomazenil, ingerido antes da bebida alcoólica, poderia reduzir os efeitos do álcool sobre o cérebro. Os pesquisadores da Universidade de Yale dizem não pretender chegar a um medicamento que permita que as pessoas bebam mais. Espera-se, isso sim, que medicamento, ao interromper os efeitos do álcool em determinadas células, venha a ajudar fazendo com que as pessoas fiquem sóbrias. Como tem gente que insiste em beber e dirigir, seria, quem sabe, interessante.
– Mas, como ainda é uma coisa distante e bastante improvável, é preciso continuar combatendo os irresponsáveis que bebem e saem dirigindo – tascou o professor Afronsius.
O solitário da Vila Piroquinha concordou:
– Já não bastam os outros irresponsáveis, barbeiros e malucos, ao volante?
Beronha disse não botar a mínima fé no Iomazenil.
– Lembram-se daqueles remedinhos coloridos, em tubinhos de vidro, que, dizia a propaganda, cortavam a ressaca? Pura bucha – completou nosso anti-herói de plantão.

O que dá certo

A conversa continuou. O professor Afronsius comentou, então, notícia da Folha do Meio Ambiente, jornal de seu amigo Silvestre Gorgulho, que, aliás, assina a matéria: já existe fazenda que produz água. Ela fica no município de Baldin, em Minas Gerais. Seu proprietário, o ex-ministro Alysson Paolinelli (foi do Ministério da Agricultura), diz que “só não tem água em sua propriedade quem não quer”.
Basta recorrer à tecnologia e ao trabalho. Há 20 anos, água, na região, era difícil. E a erosão era outro problema. O “milagre”: nas encostas de serra, montes e pastagens onduladas, onde ocorria enxurrada, ele construiu pequenas barragens e, nos pontos mais fortes, açudes. “Barramos quase todas as enxurradas da fazenda. A água se multiplicou e a erosão acabou”.
A fazenda seca hoje é produtora de água. Assim, segundo o ex-ministro, podemos ter três tipos de fazendas: as produtoras de água, as fazendas mistas, produtoras e consumidoras, e as fazendas consumidoras de água.
– Palmas para ele! – comemorou Natureza.

ENQUANTO ISSO…


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