E tem mais:
Como se sabe, o western, classificado pelo crítico André Bazin como o “cinema americano por excelência”, perdeu terreno com o surgimento do chamado western spaghetti – ou western spagheti. E, longe das telas, nas histórias em quadrinhos, o que seria o cinema americano por excelência também enfrentou forte concorrência. Basta ver o sucesso do Tex Willer. Criado por Giovanni Bonelli e Aurelio Gallepini, Tex começou a cavalgar em 1948.
Ele, que atuava à margem da lei, acabou virando ranger do Texas após conhecer Kit Carson, que virou um de seus inseparáveis parceiros. Consta que as histórias em quadrinhos obtiveram imediato sucesso na Itália, arrasada e cheia de problemas no após guerra.
Nos anos 1950, o gibi do Tex chegou ao Brasil, editado pela Vecchi e, 4 décadas depois, pela Editora Globo.
Como continua cavalgando, Tex, personagem criado por Gianluigi Bonelli e produzido graficamente por Aurelio Galleppini, foi relançado pela Sergio Bonelli Editore. Esse novo Tex chegará ao Brasil?
A igualdade de condições
Ainda um incorrigível gibizeiro, professor Afronsius lembrou uma cena. Desenhada, por supuesto. Dois índios da tribo Navajo, aquela mesmo de Tex Willer e seus fiéis escudeiros Kit Carson (Cabelos de Prata), Jack Tigre e Kit Willer, iniciam uma briga.
Um deles com uma machadinha de guerra; o outro, mãos limpas. Poucos quadrinhos adiante, o segundo pele vermelha, depois de ser lançado sobre uma tenda, retorna brandindo uma arma semelhante. E, no balão, adverte:
– Agora estamos em igualdade de condições.
Igualdade de condições? – interveio Natureza Morta, espantado com o repertório navajo.
– Isso mesmo. Agora estamos em igualdade de condições. Talvez seja aquela coisa do tradutor. Ou traduttore, traditore.
ENQUANTO ISSO…