Do tempo do drops – e do DOPS -, professor Afronsius só tem boas lembranças do primeiro: um saquinho de balas muito consumido durante os anos 1960 e que era vendido nas ruas, principalmente diante de cinemas e teatros.
Já do segundo, prefere ficar quieto. Criado em dezembro de 1924, o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) controlava a vida do cidadão, para reprimir qualquer movimentação contra o regime, principalmente durante o Estado Novo e, depois, com a ditadura civil-militar de 1964.
Para esboçar um sorriso, só mesmo diante de uma charge de Claudius que, de tão boa, dispensa até o traço.
Um bando de gente correndo pra todo lado enquanto um policial ergue pelo colarinho um pivete, responsável por toda a confusão na rua. Apavorado com o esparramo e a truculência, ele explica singelamente:
– Eu só gritei Olha o drops…
ENQUANTO ISSO…