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Do farnel ao chocolate

O previsível. Ou, por conta de quem tem alguma experiência, o altamente previsto. O trânsito em Curitiba, ontem, estava de irritar paralelepípedo. Véspera de feriado, a recomendação dos técnicos era no sentido de que os motoristas evitassem as estradas, à tarde.
– Parece que a grande maioria aceitou conselho, permanecendo na cidade. De manhã e à tarde. Bastava ver o movimento nos supermercados. Tinha fila pra tudo. Até para entrar na fila da fila para pegar o tíquete de ingresso no estacionamento.
A queixa foi apresentada pelo professor Afronsius, não que tivesse sobrevivido à experiência, mas porque lhe foi repassada por alguns heroicos conhecidos que engrossaram a maratona urbana sobre quatro rodas – que não teve tiro de largada muito menos faixa de chegada, ou final da prova. Tudo por um lugarzinho no pódio. As prateleiras do chocolate e do farnel para a praia.

Atração quase fatal

Há quem tenha observado que os congestionamentos na cidade, com um desbragado festival de barbeiragens e xingamentos, parecem ter virado atração turística. Talvez. Um algo a mais para os ocupantes dos ônibus da Linha Turismo, notadamente na região do Museu Oscar Niemeyer.
– Olhando de passagem, e de cima, até eu ficaria impressionado. Bateria mil fotos de lembrança. E olhe que a cidade está fazendo apenas 320 anos.

A esperança está no ar

A saída? Onde está a saída do e para o trânsito? Natureza Morta, do alto do Himalaia de seu ceticismo, até que arriscou, olhando para o alto:
– Só pode estar nos drones.
Veículos aéreos não tripulados, consta que cerca de 200 drones já estão em operação no Brasil, mesmo sem existir regulamentação para o uso civil e comercial das aeronaves.
Já que os drones – zangão ou zumbido, em inglês – desempenham funções que “antes dependiam de aviões e helicópteros tripulados, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança”, o problema é só regulamentar o uso civil e adaptá-los para transporte individual.
– Afinal, já estão acenando o carro dobrável, ideal para estacionar junto ao meio-fio.
Sob um inesperado bafo de esperança e otimismo, professor Afronsius recorreu ao Barão de Itararé, no Almanhaque para 1949:
– Há qualquer coisa no ar além dos aviões de carreira.

Oba, a Páscoa está chegando

Aí, todo alegrete, eis que chega Beronha. Nosso anti-herói de plantão, possivelmente já de pé redondo, cantarolava, feliz da vida:
– Coelhinho da Páscoa, que trouxe pra mim… Um ovo, dois ovos…
A dura, posto que inevitável, resposta de Natureza foi um balde d’água, não um balde de chocolate derretido:
– Nenhum. Não sobrou nada. Parece até que saquearam todas as prateleiras e estoques. Talvez no próximo ano, quem sabe. Com drone ou sem drone.
Mas, para consolar nosso anti-herói de plantão (espírito pascal), professor Afronsius colocou liberou o depósito de chocodog’s do Schnapps, seu cãozinho peso pesado de estimação.
– O problema é driblar a vigilância do Schnapps…

ENQUANTO ISSO…


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