Depois de conversar com um amigo, professor Afronsius confessou para o Beronha e Natureza Morta que sentiu “um pingo de inveja”. O cidadão, o tal amigo, tinha acabado de voltar de uma viagem de turismo.
O que doeu: esteve em Veneza.
– Pingo de inveja por causa do cinema. Foi lá que nasceu o travelling.
Antes que Beronha metesse a colher, tratou de explicar que se trata de um movimento de câmera. E recorreu ao registro do crítico Luiz Carlos Merten no livro Cinema – Entre a realidade e o artifício. A “descoberta” se deve a um cinegrafista chamado A. Promio. Ao fazer uma tomada em Veneza, a partir de uma gôndola, percebeu mais tarde que a câmera poderia se movimentar sem deixar de gravar o que tinha focalizado.
Até então, o cinema não tinha chegado ao recurso do travelling. A câmera não passava de um olho fixo. Teria sido por volta de 1915 a sacada de Promio. Apesar da importância de sua descoberta, são mínimos os registros sobre o cinegrafista. Tanto que seu prenome resumiu-se a letra A. Alfredo, Alberto, Augusto, Abelardo, Altamiro?
Beronha não resistiu. E meteu a colher. Ou o pé na jaca:
– Era filme preto e branco?
– Claro.
– Filme bom tem que ser colorido.
– Mas, no início, o cinema era PB.
-Então, começou muito mal, rebateu nosso anti-herói de plantão, para quem “o Gordo e o Magro seriam muito mais engraçados se fossem coloridos”. Já imaginou as bochechas do gordo irritado?
O jeito foi encerrar a sessão cinema.
ENQUANTO ISSO…
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