– Soube que o senhor tem a coleção completa da revista Serafim.
– Serafim? Não. Essa eu não tenho…
– A tal revista do Dalton Trevisan, nosso contista maior.
– Ah, você quis dizer Joaquim, não Serafim.
Aí, professor Afronsius resolveu puxar pela memória: a publicação, “uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil”, começou a circular em abril de 1946. Consta do expediente: direção – Dalton Trevisan, Antônio P. Valger e Erasmo Piloto. Números seguintes, entraram no expediente mais gente de peso, Potyguara Lazzarotto, Yllen Kerr, Waltensir Dutra, Renina Katz e Nacim Bacila Neto. Exemplar avulso: cr$ 2,00. Assinatura anual: cr$ 20,00. Tiragem inicial: 1.000 exemplares.
Em 2000, Joaquim voltou a circular. Por obra e graça da Imprensa Oficial do Estado, foi lançada uma edição fac-similar das 21 edições da revista. Coleção Brasil Diferente.
– Foi um dos maiores presentes que ganhei na vida – completou professor Afronsius. Reafirmando: Serafim não conheço, quanto ao Joaquim, não empresto nem vendo.
Mas deu uma dica:
– Recorra à Seção Documentação Paranaense, na Biblioteca Pública do Paraná. Mas, por favor, peça Joaquim, não Serafim.
ENQUANTO ISSO…