Quando a televisão surgiu e tomou vulto por nossas bandas, Stanislaw Ponte Preta, o inesquecível Sérgio Porto, não deixou por menos: máquina de fazer doido. E o que diria hoje o filho de dona Dulce, não apenas sobre a TV? A máquina de fazer doido está em todo o lugar, a todo minuto e de todas as formas e maneiras.
Professor Afronsius, por exemplo, anotou (mentalmente) algumas joias (é, agora sem acento) que viu e ouviu por aí, em breve caminhada. Num carro, a frase, decalque do já manjadíssimo aviso/alerta “sorria, você está sendo filmado”. Estava lá:
– Sorria você está sendo filmado por Jesus.
Como diria Beronha, coisa de “péssimo mau gosto”.
Passos e mais passos à frente, eis que ouve o diálogo de duas pessoas que se avistam quase na esquina:
– Tudo bem?
– Tudo gegê. Joia joia…
Pior que sirene de bombeiro
Mais adiante, professor Afronsius achou que estava passando por alguma igreja. É que tocou o celular de um cidadão todo engravatado, ao seu lado, à espera do sinal verde para atravessar na faixa de pedestres.
– O sinal do celular era a reprodução de um rebimbar de sinos de uma catedral. No último volume.
De volta ao nosso anti-herói de plantão, com seu inglês bostoniano, não que tenha origem em Boston:
– Itis not mole não.
Ulisses e o cavalo de Tróia
Já que, mesmo de passagem, Sérgio Porto foi citado, Natureza Morta aproveitou para curtir a fina flor dos Ponte Preta. Foi ao A.B.C. da História e, assim, encerrar o dedo de prosa:
– Ulisses – Filho de Laert, pai de Telêmaco, esposo de Penélope. Ulisses foi o primeiro camarada a descobrir uma barbada: inventou o cavalo de Tróia, jogou nele e ganhou fácil.
ENQUANTO ISSO…