Para quem (ainda) reclama dos contratempos causados pelo horário de verão, principalmente no momento de encarar o relógio-ponto, há quem comente, e com razão, que radical mesmo deve ser a mudança na rotina do pessoal que trabalha nas feiras livres volantes de Curitiba.
As feiras são realizadas de terça a domingo, em 41 diferentes pontos da cidade, a partir das 7 horas. Ou seja, para quem acordava às 4 da manhã, hoje está pulando da cama às 3. Pelo menos.
– Ou nem vai dormir… – interveio Beronha, visivelmente horrorizado.
Prazo máximo
Determina a lei municipal sobre as feiras livres ambulantes, de 2003, que os feirantes devem “proceder a descarga das mercadorias, montagem e arrumação das bancas no prazo máximo de 3 (três) horas antes do início da feira e, no prazo de (2) duas horas após o horário de encerramento, promover a desmontagem das bancas e carregamento dos remanescentes, desocupando, neste período, o logradouro público onde estava a feira”, que funciona até 11 horas e 30 min.
No tempo das carroças
Para quem não sabe, o site da prefeitura historia que “as tradicionais feiras de Curitiba foram iniciadas pelos imigrantes alemães, poloneses e italianos, que em meados do século XIX, com suas carroças, lançaram a concepção desse tipo de comercialização de hortifrutigranjeiros cultivados nas chácaras então distantes do centro da cidade”.
Mais: “Hoje, além desses produtos, também oferecem frios, carnes, pescados, massas e alimentos produzidos artesanalmente, além de acessórios como luvas, meias e confecções. Nas feiras livres de Curitiba, coordenadas pela Secretaria Municipal do Abastecimento, predomina a comercialização de produtos hortifrutigranjeiros com 60% do movimento. A feira é complementada com outros produtos de primeira necessidade e de uso doméstico, como, cereais, carne verde, carne de frango, doces caseiros, lanches (pastéis e salgados), conservas em geral, frios e lacticínios, peixaria, sementes e temperos, armarinhos etc.”
Além disso, acrescentou professor Afronsius, as feiras possibilitam o salutar encontro de moradores vizinhos, o que sempre rende, além do “bom dia”, um bate-papo.
ENQUANTO ISSO…
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