Tragédias se repetem. Muitas, no entanto, previsíveis e, em tese, evitáveis. Principalmente quanto à preservação do meio ambiente – ou convivência pacífica com o meio ambiente.
Aí pintou uma dica. Foi do professor Sérgio Ahrens, pesquisador em Planejamento da Produção e Manejo Florestal, da Embrapa Florestas. Natureza Morta foi atrás: “Novo clima obriga seguradoras a alterar avaliação de risco, diz estudo”.
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Eventos climáticos extremos
Como professor Afronsius e Beronha demonstraram interesse, Natureza sacou uma cópia do texto, citando, é claro, a fonte.
– As mudanças climáticas têm tornado mais frequentes e imprevisíveis os eventos climáticos extremos, o que obriga as seguradoras a mudar a forma como avaliam o risco de desastres naturais que afetam uma área específica, alertou o centro de pesquisas de políticas públicas Geneva Association.
– As abordagens tradicionais, que são exclusivamente baseadas em dados históricos, falham cada vez mais em estimar as probabilidades de riscos atuais, alertou o grupo especializado em questões de gestão de risco e seguros em áreas estratégicas.
Mudança de paradigma
– É necessária uma mudança de paradigma dos métodos de avaliação de risco, reforçou o grupo, acrescentando que a indústria de seguros precisa apoiar a pesquisa científica para obter uma compreensão maior de quando e onde ocorrerão os desastres relacionados ao clima.
O gatilho crucial
Ainda do AmbienteBrasil:
– Segundo um relatório das Nações Unidas divulgado na semana passada, as catástrofes naturais custaram ao mundo US$ 2,5 trilhões até agora neste século, o que é muito mais do que o estimado anteriormente.
O diretor da Geneva Association, John Fitzpatrick, afirmou que o aquecimento dos oceanos do mundo e a elevação do nível do mar foram um gatilho crucial para eventos climáticos extremos.
Olhar no passado e na ciência – No relatório de 38 páginas, intitulado “Aquecimento dos Oceanos e Implicações para a Indústria do (re)seguro”, a Geneva Association reforçou a necessidade de que as seguradoras não observem apenas dados históricos, mas também compreendam as “mudanças nas dinâmicas dos oceanos e a complexa interação entre o oceano e a atmosfera”.
Essa interação, destacou, é “a chave para compreender as mudanças atuais na distribuição, frequência e intensidade dos eventos extremos globais relevantes para a indústria dos seguros, tais como ciclones tropicais, inundações e tempestades de inverno extratropicais”.
A “contribuição” dos mais ricos
O estudo, liderado por Falk Niehorster, da Iniciativa de Previsão de Risco do Instituto de Ciência Oceânica das Bermudas, “admitiu que o principal gatilho dos custos de seguro em alta está relacionado a fatores socioeconômicos, como o número crescente de moradias para os mais ricos construídas em áreas costeiras e planícies alagadiças”.
Finalizando, professor Afronsius comentou:
– É o preço – ou ostentação deslumbrada e deslumbrante, para alguns – da irresponsabilidade.
Beronha, preocupadíssimo:
– E eu que pensava em fazer um seguro para enfrentar o frio e chuva em Curitiba. Minha frieira de estimação, no pé direito, está terrível…
Pano rápido. Talvez melhor, corram! Garoa à vista.
ENQUANTO ISSO…
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