Como se sabe, em política tudo é possível. E não apenas envolvendo a banda de lá, os políticos, meros candidatos ou já com mandato. O eleitor também comparece com coisas desconcertantes.
Um caso já registrado, mas que vale a pena ser lembrado. O episódio foi contado por uma jornalista (alô, Duca, tudo bem?) que participou do grupo de imprensa do comitê de campanha do então banqueiro José Eduardo de Andrade Vieira. Conhecido como Zé do Banco, em 1990, candidato a senador, virou o Zé do Chapéu, por razões óbvias.
Cabia à jornalista, em Curitiba, editar os depoimentos colhidos nas ruas, uma seleção dos melhores momentos para o horário gratuito na televisão. Editar, por supuesto, quando eram favoráveis ao candidato e, principalmente, recheados de elogios.
Quando isso ocorria, ótimo. Era fácil montar o programa. Mas, e sempre tem um mas, foi gravada uma declaração que, embora proferida com entusiasmo e ar de felicidade, não pôde ir ao ar.
– Eu vou votar no Zé do Chapéu! Porque ele é pobre, trabalhador e simples como a gente…
E o Zé do Banco, ou melhor, o Zé do Chapéu, derrotou o adversário, no caso Tony Garcia.
ENQUANTO ISSO…