Tradução/traição. Não é de hoje que a (má) tradução incomoda muita gente e, agora, não só no papel – livros, romances e contos -, mas também no celuloide. Quando ocorre a dublagem.
Dias atrás, ao acompanhar um capítulo de uma série na TV, parece que o House, professor Afronsius ficou tiririca com o que ouviu. Eram coisas que certamente não constavam do original.
– Muito atuais, indefectíveis, posto que frutos do modismo…
E ficou a imaginar: já pensou James Bond, no caso Sean Connery, o melhor de todos os 007, depois de receber uma nova engenhoca inventada pelo Q, o gênio do MI-6, ir à luta dizendo “valeu, vazei”.
Ou, na série Sherlock Holmes, um breve diálogo de Holmes com doutor Watson:
– Tudo belê?
– Com certeza, meu caro Watson…
Ou ainda Indiana Jones, ao tentar escapar de uma armadilha altamente engenhosa:
– Xi! A coisa tá embaciada…
Só falta Ransom Stoddard (James Stewart) reconhecer que não foi ele O Homem que Matou o Facínora, no caso, Liberty Valance (Lee Marvin), mas Tom Doniphon (John Wayne), e tentar justificar:
– Não vem ao caso…
ENQUANTO ISSO…