Do dr. Getúlio ministro da Fazenda ao jogador de futebol que precisaria ter “dois pulmões” para alcançar a bola, há coisas desconcertantes, como o torcedor que fica satisfeito ao ouvir que o placar está 1 a 0 mesmo sem saber quem está na frente. Mas, como aconselha a sabedoria popular, vamos em frente.
O “drible” duplo de Washington (Luís)
Eleito deputado federal, Getúlio Vargas amarrou seu pingo no Rio de Janeiro em 1923. Três anos depois, viraria ministro da Fazenda, governo Washington Luís. Deixou o cargo em 1928, quando eleito para governar o Rio Grande do Sul. Com a Revolução de 1930, apearia do poder o presidente Washington Luís. Coisas da vida. Será?
Sobre sua passagem pelo Ministério da Fazenda, um mergulho nos bastidores. Conta Lira Neto, à página 241 de Getúlio – 1882 – 1930 – Dos anos de formação à conquista do poder, Companhia das Letras, 2012, que Washington Luís consultou o deputado Arnolfo de Azevedo:
– Quem é o líder da bancada gaúcha? – indagou, em busca de um plano B (o cargo estava reservado para o Rio Grande do Sul, mas, no caso, para Lindolfo Collor).
– O Getúlio Vargas.
– Então ele será o ministro da Fazenda.
– Mas o Getúlio não é especialista em finanças, e você pretende fazer uma reforma financeira – espantou-se Arnolfo.
– Isso não tem a menor importância. Basta que eu entenda do assunto.
Um 3×1 de dar sono
Fase de grupos da Liga Europa, quinta-feira. No bar VIP da Vila Piroquinha, com meia plateia, a turma acompanha Sevilla x Satandard Liége, da Bélgica. Entra um cliente apressado. E quer saber do primeiro que vê pela frente:
– Quanto tá o jogo?
– 1 a 0.
– Obrigado.
Normalmente, diante de tal resposta, vem a pergunta: pra quem? Mas que nada. Silêncio.
Minutos depois, na volta do banheiro, o cabôco recebe a informação mais recente: 1 a 1. Demonstra total indiferença. Senta-se e se justifica:
– Esse jogo está me dando sono…
Em tempo: o Sevilla manteve sua invencibilidade na competição, ficando muito perto de avançar à segunda fase. A equipe espanhola bateu o Satandard Liége por 3 a 1.
Da discórdia à (falta de) concordância
Copa do Brasil, quarta-feira. Minas Gerais. Após a vitória por 4 a 1 do Atlético Mineiro sobre o Flamengo, no Mineirão, pela Copa do Brasil, uma briga entre as torcidas deixou feridos nos arredores do estádio. A Polícia Militar interveio e prendeu 87 torcedores. Houve quem noticiasse 85 prisões. Tudo bem, o pior não foi isso.
Na internet, um portal de notícias informaria que “briga de torcidas em Minas tem 85 detidos e 4 feridos”.
E, no subtítulo, e bem grandão:
– Maioria dos torcedores presos eram do Flamengo.
Como diria Flávio Stege Júnior, o underdog do Luzitano com Z, “segue o baile”.
Até porque não dá para ficar em cheque, muito menos quando se trata de xeque, xeque de xeque-mate, jogo de xadrez, como também pintou no noticiário do dia …
ENQUANTO ISSO…
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano