Enquanto nos EUA um tribunal se prepara para decidir (de forma definitiva) a questão da entrada de imigrantes e refugiados, há quem puxe pela memória: um dossiê de 2011, da Revista de História da Biblioteca Nacional, mostrava o Brasil como o país do futuro. No caso, futuro deles, os grandes irmãos do Norte. Após a Guerra Civil e quase 1 milhão de mortos (1865), norte-americanos trataram de buscar uma vida melhor em outro país.
O Dossiê Brasil e Estados Unidos mostra, então, em artigos e reportagens, as diferenças e similaridades entre os dois países, abordando questões como religião, escravidão, religião, imigração e sistema eleitoral.
E a turma que se bandeou de lá pra cá? Ela se deu bem, por supuesto.
Aqui, tudo de forma espontânea
Em São Paulo, por exemplo, “os norte-americanos foram para Campinas, Piracicaba, São Pedro, Capivari, Descalvado, Araraquara, Tietê, Rio Claro, Mogi Mirim e Cananéia – a única colônia pública em São Paulo. Santa Bárbara d´Oeste, situada a 130 quilômetros da capital paulista, foi outro importante destino, concentrando a maioria dos imigrantes que se estabeleceram de forma espontânea no estado”.
Mais: “A agricultura acabou se tornando a principal atividade dos norte-americanos nessas regiões. Muitos compraram suas terras em colônias públicas por meio de hipotecas faturadas pelo Estado em até três prestações bianuais. O governo também garantia seis meses de alimentação para os imigrantes e sementes para o plantio, além do transporte que os levaria do porto de desembarque até seu destino final. Outros, porém, optaram por comprar terras particulares, negociadas sem qualquer intervenção do governo”.
E os ideais republicanos dos EUA? “Eram incomodados pela escravidão. No Brasil, ela era considerada natural”.
O texto, parcialmente transcrito acima, é de Alessandra Zorzetto Morenoé, historiadora e analista cultural do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro (SP).
Pois é, viver é perigoso.
ENQUANTO ISSO…
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