Uma segunda-feira assaz complicada para muita gente. O sistema da TAM para efetuar o check-in pifou logo cedo e só voltou a funcionar às 8h25. Antes que, mantendo a nossa tradição, botassem a culpa no mordomo de sempre, o Brasilino, o professor Afronsius tratou de refrescar a memória de alguns, lembrando que o apagão foi mundial.
A instabilidade no sistema Amadeus, usado pela empresa em todos os países em que atua – com cerca de 800 voos por dia -, impediu a impressão de cartões de embarque e de etiquetas de bagagem. O procedimento teve de ser feito manualmente. Quase na manivela.
– Não foi um mané que apertou o botão errado ou plugou a tomada que não deveria – completou Natureza Morta.
A alta tecnologia
No dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, o tal do check-in moveu a conversa.
Natureza:
– Check-in? Prefiro checkout. Depois explico.
– Eu opto pelo checklist, bem melhor do que checkup – emendou o professor Afronsius, que também quer manter distância do checkpoint.
– Checkbook, no entanto, $empre cai bem no bol$o.
– Checkmate idem.
Hora do xeque e do cheque
Por conta de checkmate, ou xeque-mate, contou o solitário da Vila Piroquinha que havia um juiz de futebol que era terrível. Dependendo do acerto, o time já adentrava ao gramado, como se dizia na época, com dois pontos (na época também eram dois) a mais na tabela.
– Era tão gaveteiro o senhor árbitro que, caso não houvesse acordo antecipado, ele inventava um pênalti, corria para o capitão do time interessado na penalidade, tirava o apito da boca e anunciava: pênalti! Detalhe: quando abria a boca, a queixada avançava, tomando forma de uma receptiva gaveta…
– Caso não ocorresse o acerto? – quis saber Beronha.
– Sua Senhoria, então, corria para o capitão do outro time e repetia a proposta, gavetona já escancarada. Em caso de resposta “negócio fechado”, anulava a penalidade máxima. Botando a culpa pelo erro no bandeirinha, que, é claro, fazia jus a 15%.
Cuidado, corrupto na área
Corre também a história daquele político “rei dos acertos”. Depois de sacramentar mais um negócio escuso, comemorava com os asseclas mais diretos:
– Foi cheque-mate no primeiro movimento.
Por essas e outras, Natureza justificou sua total preferência por check-out. E bem rápido.
– Parem o mundo que eu quero sair!
Pano rápido, como diria Millôr. Ou, entre o in e o out, que este último venha depressa.
Beronha, nosso anti-herói de plantão, decidiu-se pelo indoor.
– E não venham me enrolation com indoctrination ou outlaw.
ENQUANTO ISSO…
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